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por João Guilherme Vargas Netto*
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Os números, secos, seriam: 119,5 mil novas vagas no mês e 300 mil no acumulado do primeiro semestre (em ambos os casos os números referem-se aos saldos entre contratações e demissões).
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Mas, vejam as manchetes!
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O Globo (Economia): “Crise faz criação de empregos formais no país despencar 78% no semestre” e “Foram criadas 299 mil vagas com carteira, pior resultado da última década.”
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O Estado de S. Paulo (Economia): “Emprego com carteira assinada tem o pior junho desde 2001” e “Caged mostra que País criou 119,5 mil novas vagas no mês, 9% menos do que em maio.”
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Folha de S. Paulo (Capa e Economia): “Brasil deixa de criar 1 milhão de postos formais” e “País deixa de criar 1 milhão de vagas no ano- De janeiro a junho foram gerados 300 mil postos de trabalho formais, ante 1,36 milhão no mesmo período de 2008.”
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Todo esse manchetismo nos jornalões era contrastado pela informação estratégica na capa do Valor Econômico, bem ao gosto dos empresários que muito além da política e da gritaria, precisam de verdade: “Metade dos empregos estão de volta” (Referindo-se à recuperação de 50% dos postos de trabalho perdidos durante a crise).
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O manchetismo confirma o ditado sobre a tortura interesseira dos números: há varias maneiras de mentir, uma delas é a estatística.
*João Guilherme Vargas Netto, É consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo
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in Vermelho - 24 DE JULHO DE 2009 - 16h25
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