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Correio da Manhã - 02 Janeiro 2010 - 00h30
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Consumo: Inflação é baixa, mas há bens que vão sofrer aumentos
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O novo ano traz consigo a subida moderada de alguns bens de consumo, ainda que a maioria dos preços se vá manter inalterada. A electricidade sobe já este mês, a factura do gás vai ficar mais cara, as marcas de tabaco mais vendidas vão ter agravamento e a prestação da casa deverá acompanhar a esperada subida dos juros.
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As famílias que habitam em Portugal Continental vão pagar mais 2,9% pela luz que consomem, ou seja, numa factura de 40 euros a subida será equivalente a 1,07 euros mensais. Na Madeira o aumento será de 2,4 por cento e nos Açores de 2,1.
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No gás, as tarifas mantêm-se iguais, mas a aplicação de uma nova taxa vai fazer engordar a factura. A taxa de ocupação do solo entrará em vigor a meio do ano e será cobrada pelas câmaras. Os novos preços da água serão conhecidos nos próximos meses, já que são os municípios quem dita os aumentos neste sector.
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O tabaco será um dos bens mais penalizados pelas subidas. Os maços das marcas mais vendidas no País (Marlboro King Size Box, SG Ventil RS Soft Pack, Aguia King Size Box Pack e SG Filtro RS Soft) poderão custar até mais 10 cêntimos.
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Para quem comprou casa os encargos deverão também subir já que é esperado o aumento das taxas de juro, o que fará escalar a prestação.
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Ainda assim, nem tudo serão más notícias. As rendas, os transportes públicos, os táxis e as portagens da maioria das auto-estradas mantêm os preços. Pão e leite deverão ficar na mesma, tal como o preço dos CTT e das comunicações móveis. Na rede fixa, a PT anunciou que vai descer os preços e oferecer chamadas.
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PORMENORES
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TELEFONES
A PT vai baixar o preço das chamadas fixas em cerca de 10,5 por cento e oferecer chamadas ilimitadas dentro da sua rede aos fins-de-semana.
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PORTAGENS NA A2 E NA A12
Só os sublanços. Palmela-Nó de Setúbal (A2/A12) e Montijo-Pinhal Novo sobem este ano.
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VENDAS EM QUEDA
A venda de tabaco caiu oito por cento nos primeiros onze meses de 2009, o equivalente a menos 93 milhões em receitas.
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TAXAS DESAPARECEM NA SAÚDE
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Os utentes do Serviço Nacional de Saúde já não têm de pagar as taxas moderadoras para internamento e cirurgias em ambulatório. A decisão tinha sido tomada em Conselho de Ministros, mas só entrou ontem em vigor. São exactamente menos cinco euros por dia no internamento e cinco euros por operação que os utentes deixam de pagar. Continuam a ser cobradas as restantes taxas moderadoras. Estas taxas foram implementadas em 2006 pelo então ministro da Saúde, Correia de Campos, com o objectivo de "disciplinar" os serviços. O Governo reconheceu que esse objectivo não foi cumprido, mas não acaba com as restantes taxas porque tal significaria um corte de 70 milhões de euros no orçamento do sector.
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Parabéns ao governo pelo aumento de alguns bens de consumo! É assim mesmo, vivam os aumentos!!!