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A Autoridade Nacional Palestina (ANP) suspendeu nesta quarta-feira (15) as operações da emissora de televisão catariana al-Jazira na Faixa de Gaza, alegando que a emissora teria veiculado notícias falsas.
O Ministério da Informação da ANP, em nota divulgada nesta quarta-feira, disse que levará a emissora aos tribunais, por causa de uma reportagem exibida na terça-feira.
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A suspensão do trabalho da emissora catariana deverá acontecer durante o período que o processo for considerado pela justiça local.
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O ministério acusou a rede de "dedicar partes significativas de suas transmissões para incitar sentimentos contra a Organização para a Libertação da Palestina e a Autoridade Nacional Palestina.
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A medida foi tomada depois que a rede transmitiu uma entrevista com Farouk Kaddoumi, um dos líderes da OLP, na qual ele criticava Mahmoud Abbas, presidente palestino.
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Kaddoumi afirma que líderes da ANP, dentre eles Abbas e o conselheiro Mohammed Dahlan, são suspeitos de colaborar com os israelenses na morte de Iasser Arafat. Arafat morreu em 11 de novembro de 2004 em um hospital francês.
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A emissora catariana, em seu site, nega as acusações da ANP e defende seu "padrão jornalístico". De sua sede em Doha, a direção da empresa disse estar "transtornada" com a decisão de suspender as transmissões e de tomar decisões legais contra ela.
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O governo palestino, chefiado pelo partido Fatá, também acusa a emissora do Catar de privilegiar a visão de seus rivais políticos, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). Na Faixa de Gaza, o Hamas criticou a suspensão da al-Jazira.
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O mistério que cerca a causa da morte de Arafat ainda está presente e alguns líderes palestinos se mostram convencidos de que seu chefe foi morto em um complô, provavelmente envenenado por Israel que, por sua vez, desmente a ilação.
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