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__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, julho 15, 2009

BPN: Oposição 'ataca' Constâncio

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Tiago Petinga/Lusa

Declarações de governador sobre trabalho da comissão


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PCP, PSD, CDS-PP e BE insurgiram-se esta quarta-feira, na comissão de Orçamento e Finanças, contra as palavras de Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, em relação ao trabalho da comissão de inquérito ao BPN.
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'O sr. não tem o direito de, enquanto governador, na instituição que a que preside, não tem o direito de dizer o que disse', afirmou o deputado comunista Honório Novo, recordando a acusação de inteferência e prejuízo na investigação criminal feita pelo governador. 'Se o tivesse dito no café Nicola, enquanto cidadão, estaria à vontade', ironizou o deputado do PCP, sublinhando que Vítor Constâncio 'não tem o direito de pressionar os deputados eleitos, nem desta nem da próxima legislatura'.

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Para o PCP, ao falar de interferência na investigação criminal, o supervisor 'está a tentar pressionar para que não se façam comissões de inquérito no futuro', sobretudo havendo um parecer do procurador-geral da República, enviado à Assembleia, 'garantindo não haver conflitualidade'.

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Também o deputado social democrata Duarte Pacheco criticou as palavras do governador, acusando-o de ter 'uma atitude majestática e arrogante'. 'Quem avalia a necessidade de uma comissão de inquérito que é auditada ou fiscalizada', afirmou. Duarte Pacheco foi mais longe e questionou Vítor Constâncio sobre se este 'na sua consciência, considera que continua em condições para continuar em funções'.

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Já Hélder do Amaral, do CDS-PP, mostrou-se 'chocado' com a conferência de imprensa em que Contâncio reagiu aos trabalhos da comissão de inquérito. 'Percebo que estivesse satisfeito [com as conclusões], mas não precisava de fazer as declarações na sala em que o fez, bastava uma qualquer reunião do Partido Socialista', afirmou em tom ironico o centrista, acresentando: 'Fica o nosso protesto em relação à forma pouco democrática como lidou com a questão.'

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Francisco Louçã, do BE, acusou o governador de ter cometido dois erros estratégicos na reacção às conclusões da comissão de inquérito. 'O primeiro foi institucional', classificou Louçã, adiantando que 'o governador não comenta decisões do Palamento'. 'Creio ate que é inédito', disse o bloquista. O líder do BE fez outra análise da atitude de Vítor Constâncio: 'Acho até que o sr. Governador foi insensato.' Isto porque, avançou Louçã, 'o facto de a comissão incidir sobre a supervisão devia era ressalvar a sua posição'. O BE lembrou que não há ainda conclusões dos processos ao BCP e que pouco se sabe das irregularidades cometidas no BPP.

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'NÃO ATAQUEI A COMISSÃO'

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Vítor Constâncio recusou hoje, no Parlamento, as crítca dos deputados em relação às declarações feitas em pleno Banco de Portugal sobre as conclusões da comissão de inquérito ao BPN e acusou os deputados de 'exagero' na reacção às suas palavras.

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'Não acho que seja legítimo preteder-se que a instituição [Banco de Portugal] e as pessoas que foram alvo de críticas tenham de se calar e não compreendo que o sr. deputado Louçã diga que eu fui insensato e eu não possa dizer nada', afirmou Vítor Constâncio.No entender do governador, só as decisões judiciais não devem merecer comentários, o que não se aplica as trabalhos da comissão de inquerito ao BPN.

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'Em nenhum momento fiz nenhum ataque frontal em relação à comissão ou a futuros trabalhos', garantiu o Governador, recusando a ideia proferida pelo PCP de ter feito pressões sobre o Parlamento. 'Na minha interpretação, não dizer nada parecia que de alguma forma a instituição e eu próprio aceitavamos as conclusões e as considerações laterais feitas sobre o papel do Banco de Portugal naquele caso', concluiu o supervisor.

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