14.05.2010 - 15:04 Por Lusa
O BE acusou hoje o Governo e o PSD de “omitirem” uma “decisão de flexibilização acrescida dos despedimentos”, aliada às “restrições do subsídio de desemprego num país que tem mais de 300 mil desempregados sem qualquer apoio social”.
José Manuel Pureza sublinhou que esta intenção “foi omissa ao país” (Nuno Ferreira Santos (arquivo))
“O Governo e o PSD omitiram ao país um dado importantíssimo do conteúdo do seu acordo de há pouco tempo e que é justamente o facto de ir incluído neste pacote de reforço do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) uma decisão no sentido de flexibilização acrescida dos despedimentos”, disse aos jornalistas o líder parlamentar do BE, José Manuel Pureza.
Nas propostas entregues pelo executivo ao PSD estará uma “nova reforma do mercado de trabalho”, no sentido de liberalizar os contratos. Para José Manuel Pureza, esta iniciativa “mostra que o Governo e o PSD estão numa lógica de duas soluções essenciais para o país: Restringir o subsídio de desemprego num país que tem mais de 300 mil pessoas desempregadas e sem qualquer apoio social e, por outro lado, flexibilizar ainda mais os despedimentos”.
O deputado do BE sublinhou que esta intenção “foi omissa ao país” e que apesar de ser uma recomendação da OCDE, esta é uma escolha feita “pelo Governo e pelo PSD”. “O Governo é o de um Estado soberano e, portanto, faz as suas escolhas, o Governo pode, naturalmente, diante da situação social e económica, escolher os caminhos que quer seguir, escolheu este e para isso, eu utilizaria até as palavras de Pedro Passos Coelho, não tem qualquer desculpa”, disse, em tom crítico.
“Nós estamos já a começar a ficar habituados a que o doutor Pedro Passos Coelho peça desculpa ao país e que o Governo diga que foi um lapso, mas nem desculpas, nem lapsos, são medidas deliberadas e de grande gravidade”, acrescentou.
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