Primeiro-ministro Papandreou diz que vai olhar para o passado, de forma a perceber por que é que as coisas correram tão mal
Números
40%
O primeiro-ministro grego, George Papandreou, afirma que a despesa do Estado já foi reduzida em 40 por cento e que a colecta de IVA cresceu 10 por cento, de Janeiro a Março.
110
A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional concordaram em avançar um financiamento de 110 mil milhões de euros para apoiar a Grécia a recuperar da crise económica e financeira.
Sujeita a um doloroso plano de austeridade, a Grécia tenta pôr ordem nas finanças públicas - enquanto nas ruas se sucedem manifestações de protesto - e anuncia uma investigação ao papel que os grandes bancos de investimento (principalmente norte-americanos) tiveram na eclosão da crise financeira.
O anúncio foi feito ontem pelo primeiro-ministro, George Papandreou, através de uma mensagem difundida pelos canais de televisão. O responsável político revelou que a investigação será conduzida pelo Parlamento helénico.
"Queremos olhar para o passado para perceber por que é que as coisas evoluíram na direcção errada. E pretendemos saber que tipo de práticas contribuíram para o descalabro nos mercados financeiros", defendeu Papandreou.
O chefe do Governo grego refere que há investigações semelhantes que estão a ser feitas nos Estados Unidos. Referia-se aos processos acusatórios abertos pela SEC (a "polícia da Bolsa de Nova Iorque) aos seis maiores bancos de Wall Street.
Existem suspeitas de que estas instituições, no período que antecedeu a crise, criaram fundos de investimento com activos relacionados com o crédito de alto risco (subprime) e, depois, fizeram apostas em como esses fundos iriam entrar em ruptura - o que, em muitos casos, acabou mesmo por acontecer.
"Há investigações similares nos Estados Unidos, com referência a fraude e falta de transparência. Há aqui uma grande responsabilidade [desses bancos]", afirmou Papandreou. O primeiro-ministro admite que possa vir a processar bancos que possam ter contribuído, com as suas práticas, para a crise de finanças grega - nomeadamente com operações sobre a dívida grega.
Recentemente, para ter acesso a um financiamento de 110 mil milhões de euros (do FMI e da União Europeia), o Governo grego teve que pôr em marcha um ambicioso plano de austeridades que prevê cortes do 13.º mês de ordenado e do subsídio de férias para os funcionários públicos, congelamentos salariais, aumentos de impostos e subida da idade de reforma dos 53 anos para os 65 anos.
Papandreou diz que a nova política do executivo começa a dar frutos, com a colecta de IVA a aumentar 10 por cento no primeiro trimestre, face ao período homólogo e os gastos do Estado a caírem 40 por cento.
O anúncio deste plano de auxílio à Grécia acalmou os mercados no início da semana passada, mas foi sol de pouca dura. Bolsa e mercado de dívida voltaram às quebras nos dias subsequentes, com receios de que a situação grega possa contagiar outros países do Sul e pelos impactos negativos que venha a ter sobre as perspectivas de crescimento económico.
Para agravar o cenário, a agência de notação financeira Moody"s anunciou ter revisto em baixa os ratings de nove bancos gregos, com um deles a receber a classificação E (lixo), a mais baixa que a empresa concede.
O anúncio foi feito ontem pelo primeiro-ministro, George Papandreou, através de uma mensagem difundida pelos canais de televisão. O responsável político revelou que a investigação será conduzida pelo Parlamento helénico.
"Queremos olhar para o passado para perceber por que é que as coisas evoluíram na direcção errada. E pretendemos saber que tipo de práticas contribuíram para o descalabro nos mercados financeiros", defendeu Papandreou.
O chefe do Governo grego refere que há investigações semelhantes que estão a ser feitas nos Estados Unidos. Referia-se aos processos acusatórios abertos pela SEC (a "polícia da Bolsa de Nova Iorque) aos seis maiores bancos de Wall Street.
Existem suspeitas de que estas instituições, no período que antecedeu a crise, criaram fundos de investimento com activos relacionados com o crédito de alto risco (subprime) e, depois, fizeram apostas em como esses fundos iriam entrar em ruptura - o que, em muitos casos, acabou mesmo por acontecer.
"Há investigações similares nos Estados Unidos, com referência a fraude e falta de transparência. Há aqui uma grande responsabilidade [desses bancos]", afirmou Papandreou. O primeiro-ministro admite que possa vir a processar bancos que possam ter contribuído, com as suas práticas, para a crise de finanças grega - nomeadamente com operações sobre a dívida grega.
Recentemente, para ter acesso a um financiamento de 110 mil milhões de euros (do FMI e da União Europeia), o Governo grego teve que pôr em marcha um ambicioso plano de austeridades que prevê cortes do 13.º mês de ordenado e do subsídio de férias para os funcionários públicos, congelamentos salariais, aumentos de impostos e subida da idade de reforma dos 53 anos para os 65 anos.
Papandreou diz que a nova política do executivo começa a dar frutos, com a colecta de IVA a aumentar 10 por cento no primeiro trimestre, face ao período homólogo e os gastos do Estado a caírem 40 por cento.
O anúncio deste plano de auxílio à Grécia acalmou os mercados no início da semana passada, mas foi sol de pouca dura. Bolsa e mercado de dívida voltaram às quebras nos dias subsequentes, com receios de que a situação grega possa contagiar outros países do Sul e pelos impactos negativos que venha a ter sobre as perspectivas de crescimento económico.
Para agravar o cenário, a agência de notação financeira Moody"s anunciou ter revisto em baixa os ratings de nove bancos gregos, com um deles a receber a classificação E (lixo), a mais baixa que a empresa concede.
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário