- 0h30 - Correio da Manhã 2010.05.09
Vem isto a propósito da indignação pelo ataque à imprensa livre que acompanhou o censurável gesto do deputadoc quando se apossou dos dois gravadores dos jornalistas que o entrevistavam.
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Ilustrativo é que não tenha sido acompanhada de idêntica indignação a pergunta INFAME – sublinho com maiúsculas, INFAME – que antecedeu o gesto: "Um desses azares foi – mais uma vez sublinho que não foi arguido em nada, penso até que não foi investigado – a questão dos boatos de pedofilia, nos Açores, em 2003?".
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Para esta pergunta, cuja insídia dispensa outros comentários, Eça já tinha dado solução quando põe na boca de João da Ega, referindo-se ao Dâmaso Salcede: "Ou diz que estava bêbado, ou leva bengaladas."
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A liberdade de imprensa não foi tocada por este triste episódio. Mas a credibilidade dos jornalistas fica em risco quando um deles, à boleia de uma pergunta, reedita uma calúnia.
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