A Internacional

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quarta-feira, maio 19, 2010

Governo “não hesitará em manter as medidas até 2013 se for preciso”



Entrevista

18.05.2010 - 21:23 Por Lusa
O primeiro-ministro disse hoje, em entrevista à RTP1, que o Governo “não hesitará em manter as medidas de austeridade até 2013 se for preciso” e acrescentou que fez “tudo para não aumentar os impostos”.
Sócrates numa entrevista na RTP em Janeiro do ano passado  
Sócrates numa entrevista na RTP em Janeiro do ano passado (Nuno Ferreira Santos (arquivo))


José Sócrates, entrevistado por José Alberto Carvalho e Judite de Sousa, garantiu que não há nenhuma divergência com o ministro das Finanças e enfatizou que “o ministro das Finanças disse que, se for preciso, manteremos as medidas”, garantindo que “as medidas de redução da despesa vão manter-se até 2013”.

O primeiro-ministro sublinhou que “as medidas só têm o apoio do PSD até final 2011”.

Explicando que “o mundo mudou” no final de Abril e no princípio de Maio, Sócrates lembrou que “os juros das Obrigações do Tesouro passaram de cerca de cinco por cento, e uma semana depois estava nos sete por cento”.

“O mundo mudou nessa semana”, enfatizou o chefe do Governo, tendo havido “mudanças muito significativas nos mercados internacionais” e um ataque “especulativo e inesperado ao euro”.

“Essas três semanas [entre o final de Abril e meados de Maio] foram decisivas para mudar toda a Europa”, disse o líder do executivo, salientando que os outros países europeus também estão a tomar medidas para acelerar a redução do défice.

Na entrevista, o primeiro ministro recusou-se a pedir desculpa aos portugueses por ter aumentado os impostos, dizendo que só o faria se não tivesse coragem para tomar as medidas necessárias face a um quadro de crise financeira.

José Sócrates foi confrontado com o facto de ter prometido não aumentar os impostos na última campanha eleitoral e com a atitude do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que pediu desculpa aos portugueses por ter viabilizado as medidas de austeridade.

“Não peço desculpa por cumprir o meu dever e fazer o que é imprescindível para defender o país. Teria de pedir desculpa se não tivesse a coragem de tomar as medidas necessárias”, respondeu o líder do executivo.

José Sócrates reforçou depois que “só pode desculpa quem não faz aquilo que deve” e que “a ética da responsabilidade deve prevalecer”.

Já sobre a atitude de Pedro Passos Coelho ter pedido desculpa, Sócrates limitou-se a comentar: “Cada um fala por si”.
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