Critérios pragmáticos
José Casanova
Jun 05, 2009
São simples e pragmáticos os critérios adoptados pela comunicação social dominante no tratamento da campanha eleitoral: valorização de todas as forças políticas que, directa ou indirectamente, poderão contribuir para o prosseguimento da política de direita e desvalorização da única força que se opõe frontalmente a essa política e se afirma, de forma inequivoca, como componente indispensável da alternativa necessária.
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Ou seja: faz-se a propaganda aos amigalhaços do PS, PSD, CDS/PP e BE e manipula-se toda a informação que diz respeito à CDU.
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E é esta separação das águas – de um lado os outros todos, do outro lado a CDU - que, todos os dias, vemos, ouvimos e lemos nesses média dominantes a marcar o passo, o compasso e o conteúdo da cobertura da campanha.
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Em primeiro lugar, criando uma bipolarização PS/PSD, fingindo que se trata de partidos com objectivos e políticas diferentes tanto na Europa como em Portugal - mas sabendo que ganhar um ou outro tanto faz.
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Segue-se a natural promoção do CDS/PP – que é da família, ocupa por direito próprio a velha casa da direita e mais tarde ou mais cedo o PS ou o PSD vão precisar dele.
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Depois, é o BE, com a importante tarefa de procurar atrair a si votos de eleitores do PS descontentes com a política do Governo de José Sócrates e impedir que esses votos vão, como seria natural, para a CDU - única força que esses descontentes viram a seu lado, lutando contra as consequências nefastas da política do Governo, todos os dias e em todos os locais.
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Aliás, o BE tem todas as características para desempenhar tal tarefa: aquela pose de «esquerda radical» que ostenta e que os média do grande capital tanto aplaudem, vai mesmo a matar para captar descontentamentos à esquerda; e aquela postura anticomunista radical é selo de garantia para o grande capital e, portanto, para os seus empregados nos média dominantes – e essa função do BE é todos os dias sublinhada e enaltecida por esses média - nos comentários, análises, notícias e, até, em legendas de fotografias...
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O que é preciso – pensam, dizem e sonham eles todos - é impedir que o voto desses descontentes vá para a CDU – porque, assim sendo, esse voto vai dar mais força à luta contra a política de direita.
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O que é preciso - continuam a pensar, a dizer e a sonhar eles todos - é que o voto desses descontentes vá para o BE – porque, se assim for, é voto que fica em casa...
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Daí os carinhos maternais com que a campanha do BE é tratada pela comunicação social propriedade do grande capital.
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Daí os tratos de polé a que é submetida a campanha da CDU.
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Tudo isto a confirmar que o voto na CDU é o voto que o grande capital e os seus partidos mais temem.
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Tudo isto a confirmar que o voto na CDU é o único voto certo para todos os que estão descontentes com a política do Governo e anseiam por uma política virada para a resolução dos seus muitos e graves problemas.
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Tudo isto a confirmar, também, que no dia 7, contados os votos e seja qual for o resultado da contagem, para a CDU e para os seus apoiantes, a luta continua. Logo no dia seguinte.
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Ou seja: faz-se a propaganda aos amigalhaços do PS, PSD, CDS/PP e BE e manipula-se toda a informação que diz respeito à CDU.
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E é esta separação das águas – de um lado os outros todos, do outro lado a CDU - que, todos os dias, vemos, ouvimos e lemos nesses média dominantes a marcar o passo, o compasso e o conteúdo da cobertura da campanha.
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Em primeiro lugar, criando uma bipolarização PS/PSD, fingindo que se trata de partidos com objectivos e políticas diferentes tanto na Europa como em Portugal - mas sabendo que ganhar um ou outro tanto faz.
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Segue-se a natural promoção do CDS/PP – que é da família, ocupa por direito próprio a velha casa da direita e mais tarde ou mais cedo o PS ou o PSD vão precisar dele.
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Depois, é o BE, com a importante tarefa de procurar atrair a si votos de eleitores do PS descontentes com a política do Governo de José Sócrates e impedir que esses votos vão, como seria natural, para a CDU - única força que esses descontentes viram a seu lado, lutando contra as consequências nefastas da política do Governo, todos os dias e em todos os locais.
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Aliás, o BE tem todas as características para desempenhar tal tarefa: aquela pose de «esquerda radical» que ostenta e que os média do grande capital tanto aplaudem, vai mesmo a matar para captar descontentamentos à esquerda; e aquela postura anticomunista radical é selo de garantia para o grande capital e, portanto, para os seus empregados nos média dominantes – e essa função do BE é todos os dias sublinhada e enaltecida por esses média - nos comentários, análises, notícias e, até, em legendas de fotografias...
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O que é preciso – pensam, dizem e sonham eles todos - é impedir que o voto desses descontentes vá para a CDU – porque, assim sendo, esse voto vai dar mais força à luta contra a política de direita.
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O que é preciso - continuam a pensar, a dizer e a sonhar eles todos - é que o voto desses descontentes vá para o BE – porque, se assim for, é voto que fica em casa...
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Daí os carinhos maternais com que a campanha do BE é tratada pela comunicação social propriedade do grande capital.
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Daí os tratos de polé a que é submetida a campanha da CDU.
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Tudo isto a confirmar que o voto na CDU é o voto que o grande capital e os seus partidos mais temem.
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Tudo isto a confirmar que o voto na CDU é o único voto certo para todos os que estão descontentes com a política do Governo e anseiam por uma política virada para a resolução dos seus muitos e graves problemas.
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Tudo isto a confirmar, também, que no dia 7, contados os votos e seja qual for o resultado da contagem, para a CDU e para os seus apoiantes, a luta continua. Logo no dia seguinte.
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