Américo de Deus Rodrigues Tomás (ou Thomaz) (Lisboa, 19 de Novembro de 1894 - Cascais, 18 de Setembro de 1987), político e militar português, foi o décimo quarto Presidente da República Portuguesa (último do Estado Novo).
- «É a primeira vez que estou cá desde a última vez que cá estive.»
- «Hoje visitei todos os pavilhões, se não contar com os que não visitei.»
- «Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados....»
- - in revista Opção, ano II, n.º30
- «...É uma terra [Manteigas]bem interessante, porque estando numa cova está a mais de 700 metros de altitude...»
- - in O Século, 1/6/1964
- «A minha boa vontade não tem felizmente limites. Só uma coisa não poderei fazer: o impossível. E tenho verdadeiramente pena de ele não estar ao meu alcance.»
- - in Diário de Notícias, 23/6/1964
- «O Sr.Prof.Oliveira Salazar, ao longo de mais de trinta anos, é uma vida inteiramente sacrificada em proveito do país, e desconhecendo completamente todos os prazeres da vida, é um homem excepcional que não aparece, infelizmente, ao menos, uma vez em cada século, mas aparece raramente ao longo de todos os séculos.»
- - in Seara Nova, Maio 1965
- «Eu prolongo no tempo esse anseio de V.Ex.ª e permito-me dizer que o meu anseio é maior ainda. Ele consiste em que, mesmo para além da morte, nós possamos viver eternamente na terra portuguesa, porque se nós, para além da morte vivermos sempre sobre a terra portuguesa, isso significa que portugal será eterno, como eterno é o sono da morte.»
- - in Diário da Manhã, 14/9/1970
- «Neste almoço ouvi vários discursos, que o Governador Civil intitulou de simples brindes. Peço desculpa, mas foram autênticos discursos.»
- - in Diário de Notícias, 14/9/1970
- «Pedi desculpa ao Sr.Eng.º Machado Vaz por fazer essa rectificação. Mas não havia razão para o fazer porque, na realidade, o Sr. Eng.º Machado Vaz referiu-se à altura do início do funcionamento dessa barragem e eu referi-me, afinal, à data da inauguração oficial. Ambas as datas estavam certas. E eu peço, agora, desculpa de ter pedido desculpa da outra vez ao Sr.Eng.º machado Vaz.»
- - in Seara Nova, Agosto 1972
- - Por vezes, um censor mais inteligente riscava uma frase tola demais, o que acabava por acentuar a ironia: o mais alto magistrado da nação censurado....
- - retirado do livro "Frases que fizeram a História de Portugal" por Ferreira Fernandes e João Ferreira
Américo de Deus Rodrigues Tomás (ou Thomaz) (Lisboa, 19 de Novembro de 1894 Cascais 18 de Setembro de 1987), político e militar português, foi o décimo quarto Presidente da República Portuguesa (último do Estado Novo).
Candidato escolhido pela União Nacional para suceder a Craveiro Lopes, em 1958, teve como adversário o General Humberto Delgado. Os resultados eleitorais foram manipulados, teoria que viria a ser comprovada num Portugal já democrático. A única dúvida que ainda subsiste é a diferença entre os votos dos dois candidatos, sendo certo que Humberto Delgado seria o vencedor do acto eleitoral e novo Presidente. Diz-se hoje que os resultados das eleições podem ter sido sido manipulados, e provavelmente a sua vitoria não fosse tão esmagadora. Na sequência da agitação social, da desordem e da intranquilidade publica gerada pelos resultados, que eram manifestamente contrários à vontade da maioria da população, as eleições presidenciais deixaram de ser directas, passando a ser da responsabilidade de um colégio eleitoral, constituído exclusivamente por membros da União Nacional. Desta forma, o regime punha de parte qualquer tipo de mudança democrática encetada pelo voto da população portuguesa.
Foi dessa forma reeleito em 1965 e 1972. A Revolução dos Cravos encontrou-o a meio do seu terceiro mandato (que se deveria prolongar até 1979). Foi então demitido do cargo e expulso compulsivamente da Marinha, tendo sido enviado para a Madeira, donde partiu para o exílio no Brasil. Em 1980, o general Ramalho Eanes permitiu o seu regresso a Portugal. Nesse mesmo ano, morre, subitamente, a sua filha mais velha, Natália.
A 18 de Setembro de 1987, Américo Thomaz morreu numa clinica em Cascais, após uma cirurgia, com 92 anos.
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