Polémica: Documento foi entregue ao titular  do ‘processo BCP’
Filipe  Pinhal, ex-presidente do BCP, acusa os accionistas e membros dos órgãos  sociais que participaram no "assalto ao poder" no banco de terem  recebido financiamentos concedidos à pressa ou de terem visto  reestruturada a sua dívida naquela instituição.
- 0h30 - Correio da Manhã - 2010.07.12
"Compare-se os nomes constantes na  lista para os corpos sociais, que foi a votos na assembleia geral de 6  de Agosto de 2007, com os financiamentos aprovados, em tempo recorde,  entre 2005 e 2007, e já se terá uma ideia das motivações desses  accionistas e candidatos a membros dos órgãos sociais do BCP", diz  Pinhal em documento da sua defesa no ‘processo BCP’ consultado pelo CM. E  o ex-gestor precisa: "Procure-se, na lista, o conjunto dos que  negociaram com o Estado (ou quem o representa), os que têm participações  e exercem cargos em empresas com capitais públicos, ou mesmo os que têm  feito fretes (com paga generosa) aos que representam o Estado." 
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Para Pinhal, a colaboração de parte dos accionistas na  governamentalização do BCP teve benefícios: "Compare-se igualmente tal  lista com os devedores importantes que beneficiaram de reestruturações  de dívida, nesses anos ou em anos posteriores."
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PORMENORES
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COINCIDÊNCIAS
A carta de Filipe  Pinhal diz que as "coincidências estranhas" levaram dois administradores  a solicitar uma "auditoria à situação". E refere que "o relatório foi  produzido em Agosto de 2007 e constará dos arquivos do BCP". 
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EX-GESTORES ACUSADOS
O Ministério  Público acusou cinco ex-gestores do BCP dos crimes de manipulação de  mercado, burla qualificada e falsificação de contabilidade. E terão sido  ocultadas perdas de cerca de 600 milhões de euros.  
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BCP APRESENTA HOJE QUEIXA NA PROCURADORIA
O BCP apresenta hoje uma queixa na Procuradoria-Geral  da República contra desconhecidos, por causa dos rumores de que o maior  banco privado português estará na falência. 
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Carlos  Santos Ferreira, presidente do BCP, enviou uma mensagem aos  colaboradores do banco a pedir-lhes "serenidade e profissionalismo", por  serem boatos sem fundamento. Na sexta-feira, o Ministério das Finanças  afirmou que os bancos portugueses apresentam "bons rácios de  solvabilidade", o que confirma a "solidez e robustez" financeira do  sector. 
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A denúncia, segundo revelou ao PÚBLICO uma fonte oficial do Banco, foi formalizada ao fim da tarde de sexta-feira, através de uma mensagem electrónica, a qual foi ontem confirmada através de uma queixa em formato papel.
Ambas as denúncias dirigiram-se ao DIAP e não à Procuradoria-Geral da República (PGR) como chegou a ser noticiado.
Um procurador do DIAP deverá agora analisar a participação do BCP e deverá encarregar os serviços de combate à criminalidade informática da Polícia Judiciária de apurar a autoria dos boatos.
Uma das dificuldades desta investigação poderá resultar do anonimato que dá cobertura a ameaças por via digital, seja através do telemóvel, como do computador.
Na origem desta situação está o facto de, com alguma facilidade, pessoas que querem ocultar a sua identidade adquirirem cartões para os telemóveis sem necessidade de exibirem os seus documentos de identificação e também a volatilidade com que estes podem mudar de mãos. Recorde-se que em investigações relacionadas com a criminalidade organizada, os polícias têm apurado que há suspeitos que têm ao seu alcance vários telemóveis com cartões descartáveis.
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O Banco Comercial Português (BCP) apresentou uma queixa ao DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) de Lisboa, pedindo o apuramento da autoria dos indivíduos responsáveis pelos rumores acerca de alegadas dificuldades financeiras da instituição.
                            Ambas as denúncias dirigiram-se ao  DIAP (PÚBLICO (arquivo))
A denúncia, segundo revelou ao PÚBLICO uma fonte oficial do Banco, foi formalizada ao fim da tarde de sexta-feira, através de uma mensagem electrónica, a qual foi ontem confirmada através de uma queixa em formato papel.
Ambas as denúncias dirigiram-se ao DIAP e não à Procuradoria-Geral da República (PGR) como chegou a ser noticiado.
Um procurador do DIAP deverá agora analisar a participação do BCP e deverá encarregar os serviços de combate à criminalidade informática da Polícia Judiciária de apurar a autoria dos boatos.
Uma das dificuldades desta investigação poderá resultar do anonimato que dá cobertura a ameaças por via digital, seja através do telemóvel, como do computador.
Na origem desta situação está o facto de, com alguma facilidade, pessoas que querem ocultar a sua identidade adquirirem cartões para os telemóveis sem necessidade de exibirem os seus documentos de identificação e também a volatilidade com que estes podem mudar de mãos. Recorde-se que em investigações relacionadas com a criminalidade organizada, os polícias têm apurado que há suspeitos que têm ao seu alcance vários telemóveis com cartões descartáveis.
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