O procurador-geral da República queria manter Mário Gomes Dias como seu vice, apesar de já ter ultrapassado o limite de idade.
- 0h30 - 2020 07 30 - Correio da Manhã
O  Governo disse que sim, e lá saiu um decreto-lei feito à medida. A  Polícia Judiciária enviou para o Ministério Público o relatório sobre o  Freeport no dia 21 de Junho. No dia 4 saiu um despacho de Mário Gomes  Dias a estabelecer o dia 25 de Julho como data-limite para o Ministério  Público concluir o processo.
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Os dois procuradores  encarregues da investigação lamentam não ter tido tempo para interrogar o  então ministro do Ambiente, José Sócrates, e o seu secretário de  Estado, Rui Gonçalves. Tinham 27 perguntas para o actual  primeiro-ministro e dez para o segundo. Nada feito. Resta a acusação de  extorsão a dois dos arguidos e uma participação por suspeitas de fraude  fiscal para os restantes intervenientes do processo.
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Sem  haver, obviamente, qualquer político metido ao barulho. O  primeiro-ministro fez uma comunicação ao País e os seus mais directos  apoiantes vieram a público zurzir a Comunicação Social por ter andado a  denegrir o nome de Sócrates nestes últimos seis anos. Não havia  necessidade. Como agora se percebe ao ler o relatório final do  Departamento Central de Investigação e Acção Penal, a Justiça e as leis  são feitas à medida dos clientes. E isto anda tudo ligado.
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