A agência de notação financeira Moody's cortou hoje o rating de oito bancos portugueses, cinco descem um nível e outros três caem dois níveis, na sequência do corte em dois níveis do rating da dívida pública portuguesa.
Dos oito bancos, cinco descem um nível e outros três caem dois níveis
(Foto: Pedro Cunha/arquivo)
Em comunicado, a agência indica que o rating da Caixa Geral de Depósitos, do Santander Totta, do Banco Espírito Santo (BES), do Banco BPI e do Espírito Santo Financial Group foi revisto em baixa em um nível.
O Banco Comercial Português (BCP), o Montepio Geral e o Banif sofreram, por sua vez, um corte de dois níveis.
O rating atribuído ao Banco Português de Negócios, de Baa3 Prime-3 a ser analisado para um possível corte, manteve-se inalterado.
“O corte no rating da dívida dos oito bancos portugueses reflete a capacidade reduzida do Governo em apoiar os bancos”, afirma a vice presidente adjunta, e responsável pela avaliação da banca portuguesa na Moody's, Maria-Jose Mori, no comunicado.
No caso do Santander Totta, BES e BPI, o corte, que foi apenas de um nível, é explicado pela maior flexibilidade financeira que lhes permite compensar o impacto de um menor apoio sistémico.
A agência sublinha ainda que, no caso destes três bancos, a probabilidade de existir apoio sistémico disponível é maior pelo seu papel proeminente dentro do sistema financeiro português.
No caso do BCP, Montepio Geral e Banif, os bancos tinham um rating individual mais baixo e sofreram um corte de dois níveis por estarem “mais expostos a um enfraquecimento do apoio sistémico”.
A Caixa Geral de Depósitos é a excepção e vê o seu rating ser cortado em apenas um nível apesar de ter um rating individual mais baixo, porque continua a beneficiar de um forte apoio sistémico devido à sua dimensão e condição de banco totalmente detido pelo Estado.
O rating do Espírito Santo Financial Group foi cortado em um nível porque o rating do BES foi também cortado e este é o principal elemento a ter em conta na avaliação a realizar ao banco.
Quanto ao outlook, apenas a CGD, o Santander Totta e o Montepio Geral têm uma perspectiva estável. Os restantes têm outlook negativo, refere a Moody's.
.O Banco Comercial Português (BCP), o Montepio Geral e o Banif sofreram, por sua vez, um corte de dois níveis.
O rating atribuído ao Banco Português de Negócios, de Baa3 Prime-3 a ser analisado para um possível corte, manteve-se inalterado.
“O corte no rating da dívida dos oito bancos portugueses reflete a capacidade reduzida do Governo em apoiar os bancos”, afirma a vice presidente adjunta, e responsável pela avaliação da banca portuguesa na Moody's, Maria-Jose Mori, no comunicado.
No caso do Santander Totta, BES e BPI, o corte, que foi apenas de um nível, é explicado pela maior flexibilidade financeira que lhes permite compensar o impacto de um menor apoio sistémico.
A agência sublinha ainda que, no caso destes três bancos, a probabilidade de existir apoio sistémico disponível é maior pelo seu papel proeminente dentro do sistema financeiro português.
No caso do BCP, Montepio Geral e Banif, os bancos tinham um rating individual mais baixo e sofreram um corte de dois níveis por estarem “mais expostos a um enfraquecimento do apoio sistémico”.
A Caixa Geral de Depósitos é a excepção e vê o seu rating ser cortado em apenas um nível apesar de ter um rating individual mais baixo, porque continua a beneficiar de um forte apoio sistémico devido à sua dimensão e condição de banco totalmente detido pelo Estado.
O rating do Espírito Santo Financial Group foi cortado em um nível porque o rating do BES foi também cortado e este é o principal elemento a ter em conta na avaliação a realizar ao banco.
Quanto ao outlook, apenas a CGD, o Santander Totta e o Montepio Geral têm uma perspectiva estável. Os restantes têm outlook negativo, refere a Moody's.
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Crise
Acesso ao crédito ainda mais difícil
A agência de notação financeira Moody’s cortou ontem o rating de oito bancos portugueses, numa medida que vai tornar ainda mais restrito o acesso ao crédito por parte dos portugueses.
- 0h30
O BCP, Montepio Geral e Banif sofreram um corte em dois níveis. Já a CGD, Santander Totta, BES, BPI e Espírito Santo Financial Group viram o rating cair um nível. E destes bancos, só três, CGD, Santander Totta e Montepio, têm um outlook estável, ou seja, uma forte probabilidade de que o rating não seja alterado nos próximos tempos. Os restantes poderão vir a sofrer novo corte.
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E ao baixar o rating os bancos vão ter de pagar mais para se financiarem no estrangeiro. Um aumento que se reflecte no acesso ao crédito, que fica mais difícil. Os bancos têm subido as suas margens de lucro nos contratos – spreads – para compensar esta situação e o próprio Banco de Portugal admitia no Boletim Económico de Verão a 'possibilidade das condições de acesso ao crédito serem significativamente mais restritivas'. O rating do BPN não foi alterado mas a Moody’s admite revê-lo em baixa.
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RATING DA MOODY'S PARA A BANCA
O rating da Moody’s é constituido por 19 notas. A mais alta é Aaa, nível sem risco, e vai até C, que corresponde a incumprimento com baixa probabilidade de recuperação
Caixa Geral de Depósitos
Faria de Oliveira
Desceu 1 nível (para o A1)
Santander Totta
Nuno Amado
Desceu 1 nível (para o A1)
Banco Espírito Santo
Ricardo Salgado
Desceu 1 nível (para o A2)
BPI
Fernando Ulrich
Desceu 1 nível (para o A2)
BCP
Carlos S. Ferreira
Desceu 2 níveis (para o A3)
Espírito Santo Financial Group
Ricardo Salgado
Desceu 1 nível (para o Baa1)
Montepio
António Tomés Correia
Desceu 2 níveis (para o Baa3)
Banif
Joaquim Marques dos Santos
Desceu 2 níveis (para o Baa3).
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Agência explica que economia frágil afecta bancos expostos ao mercado doméstico
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- PorRedacção PGM
- 2010-04-27 20:33
A Standard & Poor's, que cortou esta terça-feira o rating da dívida pública nacional, cortou também a classificação financeira dos cinco maiores bancos portugueses. De todos, diz que o BCP é o mais fraco.
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CGD, Totta, BES, BPI e BCP sofreram cortes de classificação nos mesmos dois níveis que a dívida da República. E os bancos a descer de nota só não foram mais porque estes são os únicos que a S&P acompanha e classifica.
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A agência explica que a redução da nota dos bancos se deve ao efeito que a descida do rating da República tem nas instituições financeiras, que tinham uma classificação superior a «A-», nomeadamente Totta, CGD, BPI e BES, e as respectivas subsidiárias.
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«Raramente temos bancos com um rating superior ao do seu país de origem, porque consideramos pouco provável que estas instituições não sejam afectadas pelos desenvolvimentos no mercado doméstico», explica a S&P numa nota.
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Tal como aconteceu com a dívida pública, a dívida dos cinco bancos permanece também com perspectiva negativa, o que abre a porta a possíveis novos cortes de classificação daqui a algumas semanas, reflectindo «a possibilidade de os efeitos potenciais da fragilidade da economia portuguesa poderem ser mais graves do que prevemos».
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O BCP, que já tinha uma notação mais baixa que a dos seus pares, é classificado pela S&P como o mais fraco. Neste caso, o corte «reflecte a nossa opinião sobre o seu perfil financeiro, mais fraco que os pares domésticos, e a correspondente maior vulnerabilidade ao ambiente económico adverso». No caso do BCP, o rating de longo prazo desceu de «A-» para «BBB+», enquanto que a dívida de curto prazo manteve a nota em «A-2».
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ver também neste blog
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