A Náusea ideológica
Atreve-se José Sócrates a falar de ideologia. Só se for para provocar a mais profunda náusea ideológica.
- 29 Julho 2010 - Correio da Manhã
Ler ou ouvir Sócrates e o PS sobre o Estado Social não pode provocar mais do que uma enorme náusea ideológica (para quem teime em manter ideologia, ao contrário dos referidos). A propaganda é tanta, a mistificação é tal, que apenas peço ao leitor que se inquira sobre os factos e que tire as suas conclusões. Sobre o emprego, que nunca o número de desempregados foi tão elevado, não sofre contestação. O número de novos pobres aumentou exponencialmente. Por sua vez, o número de empresas que encerra por trimestre é aterrador. A classe média afunda.
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Na Saúde, há cerca de um milhão de pessoas sem médico de família e o número de famílias a ter seguro de saúde subiu para 10%, demonstrando, claramente que, quem pode, recorre ao pagamento do seu bolso, numa "abdicação" forçada do que o Estado lhe oferece. Milhares de Portugueses têm subsistemas de saúde, como a ADSE, por exemplo. E a ADSE é um bom exemplo, porque quem tem ADSE tem liberdade de escolha e o Estado paga; a mesma liberdade de escolha que é negada à maioria dos Portugueses. O resto espera, espera, espera. Na Educação, a diminuição da qualidade de ensino é patente. O encerramento de escolas empobrece as regiões mais desfavorecidas e afasta os alunos das famílias. Os nossos melhores alunos procuram outros Países e muitos neles ficam.
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Na Justiça, estamos falados: do aumento dos custos à conflitualidade com os Magistrados, sendo evidente a tentativa de politização constante (de forma directa ou indirecta), ao experimentalismo que gera insegurança e atraso na aplicação do Direito, para não falar na aberração que é a acção executiva... e a falta de especializações. Na Agricultura, olhem-se os campos, tantos que jazem abandonados, tendo nós de importar praticamente tudo o que consumimos. Nas Pescas, com a costa que temos, maltratam-se os pescadores e desperdiça-se a riqueza marítima e, claro, também aqui importamos.
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No mercado das obras públicas, as empresas nacionais "competem" com empresas externas subsidiadas, sem que o Estado Português faça o que quer que seja.
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Os impostos aumentam sem que, por contraponto, as despesas do Estado e os gastos sumptuários deixem de crescer… crescer… crescer. Como persiste esta muito pouco saudável convivência entre negócios públicos e privados. E atreve-se Sócrates a falar de ideologia. Só se for para provocar a mais profunda náusea ideológica, mas, repito, para quem ainda tem ideologia.
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- Comentário feito por:Antonio
- 12h36
Ó Sr. Madeira, durante o tempo do Cavaco, o défice como a corrupção cresceu mas houve TAMBÉM CRESIMENTO ECONÓMICO, isto entortou a partir de Guterres QUE FUGIU! RECORDA-SE ou é mesmo só tendencioso?
- Comentário feito por:fernando moreira
- 29 Julho 2010
quem disse que o (partido socialista é socialista, é a mesma coisa que chamar mulher a uma coisa que faz amor com outra, parece mas nâo é, o mesmo se passa psd ,de democra nada tem.os que os torna iguais é o roubo ao pov
- Comentário feito por:manny lifumba
- 29 Julho 2010
- Comentário feito por:Eduardo Santos
- 29 Julho 2010
- Comentário feito por:J. Madeira
- 29 Julho 2010
A drª.Paula anda a ver a situação sem ajustar os óculos, ou desconhece a história recente do País!As responsabilidades pela actual situação cabem a um sr.Cavaco Silva e à obra feita nos seus mandatos como P.Ministro!
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