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sexta-feira, julho 23, 2010

PS vota contra flexibilização das datas dos feriados


Parlamento

22.07.2010 - 13:41 Por Maria José Oliveira
A esmagadora dos deputados socialistas vai votar contra a proposta de eliminação de quatro feriados, apresentada por duas parlamentares independentes eleitas pelo PS, Teresa Venda e Maria do Rosário Carneiro.
A proposta foi feita pelas independentes eleitas pelo PS Maria do Rosário Carneiro e Teresa Vanda  
A proposta foi feita pelas independentes eleitas pelo PS Maria do Rosário Carneiro e Teresa Vanda 
(Foto: Pedro Cunha/arquivo)

A decisão foi assumida hoje, ao final da manhã, na reunião do grupo parlamentar do PS, durante a qual a maioria dos deputados rejeitou, numa votação interna, o projecto de resolução de Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda, do Movimento Humanismo e Democracia.

Os parlamentares do PS anteciparam assim o sentido de voto da proposta, que será avaliada pelo Parlamento esta tarde, durante o último plenário desta sessão legislativa, uma vez que as deputadas humanistas recusaram retirar o projecto.

Ao que o PÙBLICO apurou, após uma acalorada discussão (com a maioria dos socialistas a manifestaram a sua veemente contestação ao projecto), a votação saldou-se por apenas quatro votos favoráveis: das autoras da proposta, do deputado Ricardo Gonçalves e do líder parlamentar, Francisco Assis.

Apesar de a direcção da bancada ter anunciado, recentemente, que a ideia recolhia um “consenso generalizado”, como afirmou Ricardo Rodrigues, o certo é que o projecto suscitou um vasto protesto.

Maria do Rosário Carneiro e Teresa Vanda propunham a eliminação de dois feriados religiosos e dois civis, que seriam transferidos para a segunda-feira do fim-de-semana respectivo. O objectivo de flexibilizar as datas dos feriados e eliminar as pontes foi sustentado pelo alegado aumento progressivo do salário mínimo e pelos ganhos económicos do Estado. Na realização do projecto, as deputadas recorreram a um estudo de Luís Bento, professor de Recursos Humanos da Universidade Autónoma de Lisboa, que advoga que cada feriado custa 37 milhões de euros.
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