A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

domingo, abril 01, 2007


Grândola, Vila Morena

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

Letra e Música de José Afonso


NOTAS

Grândola, Vila Morena é a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime Salazarista como uma música associada ao comunismo Às 00h20m do dia 25 de Abril de 1974, a canção era transmitida numa rádio nacional, como sinal para confirmar as operações da Revolução. Por esse motivo, a ela ficou associada, bem como ao início da Democracia em Portugal.

História

A canção foi incluída no álbum "Cantigas do Maio", editado em Dezembro de 1971, disco que conta com os arranjos e direcção musical de José Mário Branco. "Grândola, Vila Morena" é a quinta faixa do álbum, gravado em Herouville, em França, entre 11 de Outubro e 4 de Novembro de 1971.

O Zeca estreou a canção Santiago de Compostela (capital da Galiza) em 10 de Maio de 1972.

No dia 29 de Março de 1974, Grandola, Vila Morena foi cantada no encerramento de um espectáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Curiosamente, para esse espectáculo a censura do regime fascista havia proibido a interpretação de várias canções do Zeca, entre as quais "Venham Mais Cinco", "Menina dos Olhos Tristes", "A Morte Saiu à Rua" e "Gastão Era Perfeito".

Às 00:20 da madrugada do dia 25 de Abril de 1974, a "Grândola, Vila Morena" foi tocada no programa Limite da Rádio Renascença. Era a segunda senha que confirmava o bom andamento das operações e despoletava o avanço das forças organizadas pelo MFA. A primeira senha, tocada cerca de hora e meia hora antes, às 22:55 do dia 24 de Abril, foi a música "E depois do adeus", cantada por Paulo de Carvalho.

Pouco antes da sua morte, o Zeca e vários amigos seus galegos cantaram ao vivo e gravaram uma nova edição da canção na Homenagem da Galiza a José Afonso (Agosto de 1985; editado por Eds. do Cúmio). Ainda na década de 70, Nara Leão lançou no Brasil, em compacto simples, a canção de Zeca Afonso.

Em 1987 foi regravada pelo grupo de rock brasileiro 365 no LP Mix da Música São Paulo, constando na 7ª faixa com o nome de "Vila Morena".

in Wikipédia

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