A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sábado, abril 14, 2007


O Partido na História
Bandeiras de luta (2)

Prosseguimos a enunciação dos camaradas assassinados pelas forças do aparelho repressivo fascista – das quais se destacava a PVDE/PIDE que, recorde-se, era controlada directamente pelo ditador Salazar. E, porque estas coisas nunca acontecem por acaso, sublinhe-se, ainda, que, ao longo do tempo, a polícia política fascista foi treinada e manteve sempre estreitas relações de cooperação com a GESTAPO de Hitler, com a DGS de Franco, com o SDECE francês e com a CIA norte-americana.

Em 1937, vítimas das condições prisionais do tenebroso Campo de Concentração do Tarrafal, morreram os militantes comunistas Francisco José Pereira (marinheiro), Rafael Tobias Pinto da Silva (estudante), Augusto da Costa (operário vidreiro); Cândido Alves Barja (marinheiro) – e, ainda em 1937, na sede da PVDE, vítima de espancamentos, o camarada Augusto de Almeida Martins (caldeireiro).

Em 1938 morreram, vítimas das condições prisionais do Campo do Tarrafal, os camaradas Francisco do Nascimento Esteves (torneiro) e o dirigente comunista Alfredo Caldeira (pintor decorador) – no mesmo ano: no Hospital de Coimbra, proveniente do Forte de Peniche, morreu o militante da Federação da Juventude Comunista Portuguesa (FJCP), António Mano Fernandes (estudante); e, no Aljube, proveniente de Angra do Heroísmo, o também militante da FJCP, Rui Ricardo da Silva (carpinteiro).

Em 1939, no Campo de Concentração do Tarrafal, vítima das inumanas condições prisionais, morreu o camarada Fernando Alcobia (vendedor de jornais).

Essas mesmas condições prisionais do Tarrafal roubaram a vida, em 1940, aos militantes comunistas Jaime Fonseca e Sousa (impressor da Casa da Moeda) e António Oliveira Coelho (motorista).

Em 1941, também no Campo da Morte Lenta, morreram os camaradas Jacinto de Melo Faria Vilaça (marinheiro), Casimiro Júlio Ferreira (Funileiro), Ernesto José Ribeiro (pedreiro) e João Lopes Dinis (canteiro).

Em 1942, no mesmo Campo de Concentração do Tarrafal, morreram os camaradas Damásio Martins Pereira (operário), António de Jesus Branco (descarregador), Henrique Vale Domingos Fernandes (marinheiro) e Bento Gonçalves (torneiro mecânico, secretário geral do PCP) – e o militante comunista António Ferreira Soares, médico, foi assassinado a tiro pela PVDE, no seu consultório, em Espinho.

Em 1943, no Campo de Concentração do Tarrafal, morreram os camaradas Paulo José Dias (fogueiro marítimo) e Francisco Nascimento Gomes (condutor).

Em 1944, no Forte de Caxias, morreu, vítima de espancamentos, o camarada Francisco Ferreira Marquês, membro do Comité Local de Lisboa (empregado de escritório).

Em 1945, o camarada Germano Vidigal (operário da construção civil) foi assassinado pela PVDE no Posto da GNR de Montemor-o-Novo – no mesmo ano, o jovem dirigente comunista Alfredo Dinis, «Alex», (desenhador de máquinas), foi assassinado pela brigada da PVDE de José Gonçalves, na estrada de Bucelas.

Em 1947, no Aljube, morre, vítima de espancamentos, o camarada António José Patuleia (camponês).

Em 1948, mais dois camaradas morreram em consequência das condições prisionais no Campo de Concentração do Tarrafal: Joaquim Marreiros (marinheiro) e António Guerra (empregado de escritório).

Em 1949, no Aljube, vítima de espancamentos, morreu o militante comunista António Lopes de Almeida (operário vidreiro).

Em 1950: na Penitenciária de Lisboa, vítima do regime prisional e dos maus tratos, morreu Militão Bessa Ribeiro (operário têxtil), membro do Secretariado do CC do PCP; ainda em 1950: foi assassinado a tiro pela GNR, em Alpiarça, o camarada Alfredo Dias Lima (operário agrícola); no Forte de Caxias, vítima do regime prisional, morreu o militante comunista Carlos Pato (empregado bancário); em Lisboa, no hospital, para onde fora levado por efeito dos maus tratos a que fora submetido pela PIDE, morreu o camarada Gervásio da Costa (operário fabril); em Lisboa, na sede da PIDE morreu, vítima de torturas, o militante comunista Venceslau Ferreira Ramos (operário).

in AVANTE 2007.o3.29

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