A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, julho 13, 2007


Audiência com Sócrates
Igreja mais satisfeita
* Rui Arala Chaves
O Cardeal-patriarca, D. José Policarpo, manifestou-se ontem “satisfeito” no final da audiência com o primeiro-ministro, José Sócrates, que classificou de “produtiva” e na qual se fez acompanhar pelos presidente e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga e D. Carlos Azevedo, respectivamente.
À falta de “avanços concretos”, com a tradução em Leis da Concordata (uma espécie de Constituição) de 2004, que seria “o ideal”, o Cardeal-patriarca diz ter a garantia do primeiro-ministro de que “sempre que não existir Lei adequada à nova Concordata vinguem as leis anteriores”, sob o espírito da Concordata de 1940, citando o exemplo da “lei das capelanias hospitalares”, um “diploma recente e actual, mas anterior a 2004”.
É que, conforme explica D. José Policarpo, em nome da Igreja Católica, garante: “Não estamos interessados em ficar vinculados a leis desactualizadas.”
A audiência começou pelas 15h30 e prolongou-se por pouco mais de duas horas. Realizou-se a pedido dos representantes da Igreja Católica e segue-se a uma série de críticas ao Governo pela parte dos bispos portugueses. A Igreja criticou esta semana a exigência de contribuições para a Segurança Social, sem que o tema esteja legislado ao abrigo da nova Concordata.
Daí que D. José Policarpo justificasse o encontro para “transmitir ao primeiro o mal-estar de certas instituições católicas”. José Sócrates esteve no encontro ladeado pelo ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.
in Correio da Manhã 2007.07.13
Bilhete Postal
Reivindicações sem bênção
* Carlos Abreu Amorim
Os bispos portugueses falaram nas ameaças à liberdade. Mostram-se preocupados. Também os apoquenta a Educação. Aí são um pouco mais explícitos: lamentam o corte de verbas públicas para as instituições que pertencem à Igreja Católica.
Estas queixas não têm razão de ser. O Governo não amputou verbas à Igreja – cortou os fundos públicos a toda a gente. Autarquias, funcionários, escolas privadas, sector social e muitos outros estão a ficar sem os apoios que já eram costume. Não percebo porque teria de ser diferente com a Igreja. Ou pretendem escolas confessionais mas com dinheiros públicos? Os bispos também exigem a aplicação da Concordata em vez da Lei da Liberdade Religiosa. Claro. Esta última coloca-os a par, em direitos e deveres, com as demais confissões religiosas. Isso eles não querem. A sua defesa da liberdade não chega a tanto.
in Correio da Manhã 2007.07.13

Sem comentários: