A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sábado, julho 21, 2007


Já vai nos 2,2 mil milhões de euros

Constâncio despreocupado com crédito malparado


O governador do Banco de Portugal mostra-se despreocupado com o crédito malparado no nosso País. Justifica que os riscos de incumprimento estão contidos e que nunca ultrapassaram as médias europeias.
Após uma reunião com o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, Vítor Constâncio afirmou que os números do crédito malparado em Portugal estão perto das médias europeias, não especificando qual o diferencial.
Em Maio passado, o crédito malparado atingiu os 2,2 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde Fevereiro de 2006. Mas Constâncio lembrou que há cerca de 15 anos, o crédito malparado era muito mais alto e que os riscos de incumprimento “têm estado contidos” e que a gestão do risco de crédito “foi prudente” mesmo nos momentos de mais fraco desempenho da economia portuguesa.
O Banco Central Europeu deve aumentar as taxas de juro para os 4,5 por cento até ao final do ano, o que irá complicar a capacidade de solvência de créditos.
in Correio da Manhã 2007.07.20


Crédito: 2,235 mil milhões de cobrança duvidosa
Calotes de família à banca
* Armando Esteves Pereira
O montante de crédito malparado nos empréstimos concedidos pela banca aos particulares portugueses bateu um novo recorde. Em Maio, os calotes das famílias à banca chegaram aos 2,235 mil milhões de euros, revela o boletim estatístico do Banco de Portugal, ontem divulgado.
Entre Abril e Maio deste ano, o volume de crédito malparado aumentou em 50 milhões de euros, o que significa uma média diária de acréscimo de 1,6 milhões de euros. A percentagem do crédito de cobrança duvidosa já representa 1,86 do total dos empréstimos concedidos pela banca aos particulares.
A taxa de incumprimento é mais elevada no crédito ao consumo e para outros fins que no crédito à habitação, o que é natural porque as casas estão hipotecadas e quem não paga os empréstimos, arrisca-se a ficar sem habitação.
O crédito à habitação representa a fatia dominante dos empréstimos concedidos pelos bancos aos particulares (95,8 mil milhões de euros em 119,991 mil milhões) e representa pouco mais de metade dos calotes ( 1,22 mil milhões de euros).
O grau de risco no crédito ao consumo é mais elevado, uma vez que dos 11,8 mil milhões emprestados, 556 milhões já estão na ‘lista negra’ do crédito malparado.A subida de juros está a ter consequências devastadoras nos orçamentos das famílias endividadas.
Em Maio último, a taxa de juro média do empréstimo à habitação em Portugal rondava os 4,63 por cento, o que compara com a taxa de 3,93 por cento de há um ano. A subida da taxa de juros, uma tendência que se irá agravar no decorrer deste ano, está a travar a concessão de novos empréstimos, mas o ritmo de crescimento ainda é significativo.
O montante de empréstimos no crédito à habitação registou uma variação anual de 8,9 por cento e no crédito ao consumo o ritmo foi de 13,4%.
NÚMEROS DO CRÉDITO
- 85,929 mil milhões de euros foi o total do crédito concedido a particulares e empresas, em 2006, no distrito de Lisboa.
- 37,749 mil milhões de euros foram emprestados a famílias e empresas do distrito do Porto em 2006.

- 13,089 mil milhões de euros foi quanto as instituições financeiras emprestaram, no distrito de Setúbal, em 2006.

- 10,589 mil milhões de euros, no distrito de Braga, foi o total do crédito concedido no ano passado a particulares e empresas.- 9,664 mil milhões de euros. Eis o total do crédito contraído por pessoas e empresas no distrito de Aveiro em 2006.

- 7,478 mil milhões de euros foi o total do crédito, no distrito de Leiria, em 2006.- 7,313 mil milhões de euros emprestados a particulares e unidades empresariais do distrito de Faro no ano passado.- 6,839 mil milhões de euros, na Região Autónoma da Madeira, somou o crédito concedido a particulares e empresas em 2006.

- 5,7 mil milhões de euros de contratos de crédito celebrados no distrito de Santarém no ano passado.

- 5,53 mil milhões de euros emprestados, em 2006, a pessoas e unidades empresariais sediadas no distrito de Coimbra.- 1,125 mil milhões de euros, em Bragança, foi o total distrital mais baixo do crédito concedido.


EVOLUÇÃO DAS COBRNAÇAS DUVIDOSAS


2005 - DEZ – 19862006- JAN – 2087- FEV – 2137- MAR – 2167- ABR – 2152- MAI - 2169- JUN – 2103- JUL – 2144- AGO – 2172- SET – 2181- OUT – 2205- NOV – 2158- DEZ – 19982007- JAN – 2068- FEV – 2164- MAR – 2176- ABR – 2185- MAI – 2235


TOTAIS POR TIPO DE CRÉDITO EM MAIO DESTE ANO


- Crédito à Habitação – 1 222 milhões de euros

- Crédito ao consumo – 446 milhões de euros

- Crédito para outros fins – 567 milhões de euros

- TOTAL – 2235 milhões de euros


in Correio da Manhã 2007.07.20

Dia a dia


Um País a crédito


* Armando Esteves Pereira,


Director-Adjunto


Os bancos ainda não revelam preocupação pública pelos números do crédito de cobrança duvidosa da responsabilidade das famílias, que de acordo com dados revelados ontem pelo Banco de Portugal bateram um novo recorde. Dos quase 120 mil milhões de empréstimos da banca às famílias, 2,235 mil milhões estão na lista de calotes.

Há dois factores que provocam o crescimento do crédito malparado por parte dos particulares: o aumento do endividamento e a subida dos juros.

Todos os meses o endividamento das famílias atinge novos máximos. E não é só no crédito à habitação, que representa quase 80 por cento dos créditos concedidos.

A subida mais acentuada é no crédito ao consumo, onde a derrapagem do crédito de cobrança duvidosa é também mais notória.

O que surpreende nestes números é a velocidade com que os portugueses se renderam ao crédito. Até ao início da década de 90 só uma pequena percentagem tinha acesso. A liberalização e a baixa dos juros provocaram uma corrida à compra de casa. Os negócios imobiliários multiplicaram-se e as casas dispararam de valor.

Uma família portuguesa, além da casa já tem o carro, o LCD e as férias com a ajuda dos empréstimos. É o retrato de um País que consome acima das possibilidades. O problema é quando o magro orçamento familiar já não chega para pagar todos os compromissos. E milhares de pessoas já vivem esse drama.

in Correio da Manhã 2007.07.20

» Comentários CM on line
Sexta-feira, 20 Julho

- Jerónimo Guia O Banco de Portugal que faça como em França: cada agregado familiar só se pode endividar no máximo em 33.3% do seu rendimento. Qualquer entidade que queira emprestar ou vender a crédito, tem de antes saber no Banco de França qual o nivel de endividamento da pessoa e só pode conceder o crédito se tiver autorização do Banco de França.
- jotaT Olhem...nisto é que o Constâncio se devia preocupar. Mas não! Ele díz que não está preocupado...e vindo d'um pseudo-governador do BP, deixa muito a desejar.
- Rodrigo Não somos todos ricos, mas há pessoas que sabem organizar a sua economia doméstica e viver de acordo com o seu rendimento. Privam-se de muita coisa, como por exemplo carro, férias fora de casa, idas a restaurantes, etc.
- Farofino Muita gente não pode cumprir os compromissos, porque ao longo do tempo viu a prestação da casa aumentar e a sua renda deminuir. O governo fez uma politica de endividamento das pessoas e não garantiu crescimento da economia para as pessoas se defenderem. Todo aquele que comprou casa financiada não tinha outra saída diante de tanta especulação promovida pelo governo.
- manuel vai haver mais pessoas a matarem e a matarem-se como na familia do montijo por estarem cheios de dívidas e perderem o norte !
- João G.Oliveira A Banca neste momento é a maior Imobiliária Nacional. Se continuar a serem pedidos "objectivos" acima daquilo que é possível qualquer dia vamos cair na Banca rota, pois até os Bancos não vão aguentar. São dívidas atrás de dívidas, é incomportável. Produzir sem ter onde colocar resulta nisto.
- Vitor Santos Tanto comentário só pode ser de quem herdou casa ou quem vive parasitáriamente em casa dos pais até aos 40 anos.m Façam-se à vida. Deixem de ser penduras e depois quero ver quem consegue falar de boca cheia.
- A. Pereira continuando... sem emprego neste país onde a grande maioria não consegue poupar e onde é extremamente dificil arranjar um novo emprego, esta situação degradante vai continuar a aumentar. Pior ainda, querem facilitar mais os despedimentos! Ainda havemos de ver as coisas num caos se o governo não salvaguardar os postos de trabalho e não apertar os bancos. O Sócrates que pense bem onde deve reformar.
- A. Pereira Não há só um culpado. O principal é a própria pessoa, mas quem é que não está sujeito a cair nesta situação? só quem tem rendimentos garantidos (reformados e ricos). Agora há coisas que se deviam fazer: quem empresta devia assumir mais responsabilidades, o governo reclamar com os bancos centrais da forma como se muda de politica de juros e o principal passa pelo emprego. Sem emprego ...
- Farofino Isso é o resultado de uma economia que não cresce, de um governo gastador e dispendioso, e das pessoas que não têm os pés no chão. Mas para o governo está tudo ótimo. Os milhares de emigrantes que continuam a cruzar as fronteira não é problema, mas um alívio para o governo.
- Diolinda M. Não me venham com a estória de que os bancos são uns ladrões porque a culpa é das pessoas que querem levar uma vida acima das suas possibilidades. Querem trocar de carro todos os anos, televisores plasma, férias no estrangeiro, mobilias novas sem necessidade, telemóveis topo de gama, roupas de marca, jantar fora de casa, etc, sem terem rendimentos para isso. Depois dá no que dá...
- Leandro Coutinho Excelente.. ainda bem.. essa malta que pede ao banco para ir passear o físico a destinos de Verão ou para ter um carro melhor que o do vizinho, deve mesmo dar o estouro.. Deve começar a saber o que é o "País Real".. Se além de tudo se acabarem com tachos de favor para gente medíocre e inútil.. então pode ser que haja um pouco de verdade.. isto é, que quem tem mérito e trabalha é que ganhe..
- Nuno Toca mas é a hipotecar os bens dos caloteiros, que já são mais que as mães! Não têm dinheiro para pagar as dividas, mas têm carros novos, grandes casas, e vivem á grande...Até a comida é a crédito!
- José Seabra De que estavam à espera? Isto é fruto desta sociedade consumista que oferecem as facilidades todas para que as pessoas se hiper-endividem. Mas também fruto dos (des)governos que temos tido que constantemente retiram a quem trabalha poder de compra que tudo aumenta menos os salários. Electrecidade mais cara da europa, gasolina mais cara da europa, agua mais cara da europa, etc.. Esperavam o que?
- Paulo Ninguém se importa por não conseguir pagar o crédito. TAmbém nunca foi intenção deles pagar.
- António Machado - Braga Admiram-se? Maio não é o mês de programar férias? E depois com as facilidades que as instituições financeiras disponibilizam empréstimos e a mentalidade do português que continua a viver acima das suas possibilidades, faz com que esta situação seja imparável. (Braga)
- João Serra Vírgulas e números, milhões e milhares, já para não dizer dezenas, a confusão está instalada nos Srs que fazem estes artigos. Vejam as normas europeias para numeração e não instalem a confusão das vírgulas e dos pontos, dos milhares, dos milhões, bihões, miliões. São Normas simples de utilizar! E lógicas!
- Solitario Esperemos mais algum tempo....a não ser que os individados comecem a fazer algum esforço para serem iguais a eles próprios.

.

.

Sem comentários: