A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, julho 18, 2007







Sines: Museu reabre com novidades
Espólio reforçado
* Pedro Galego, Setúbal
O Museu de Sines reabre hoje ao público com um reforço significativo do seu património. O espólio a figurar na Capela da Misericórdia, até 2009, é composto pelas peças provenientes do Museu Arqueológico Municipal, do Museu de História Natural e da doação de José Miguel Costa, fundador do Museu Arqueológico, falecido em 2005.
De acordo com a autarquia, na Capela da Misericórdia pode a partir de hoje ser vista “uma selecção de peças que mostram a profunda relação de Sines com o mar”, em todos os aspectos, desde os culturais aos económicos, passando ainda pelo papel desempenhado por Vasco da Gama, navegador português do séc. XV, natural daquela cidade.
Entre as obras mais significativas do remodelado Museu de Sines está o tesouro fenício do Gaio, conjunto de adornos femininos em ouro do séc. VII a.C., classificado como de “Interesse Público”, e um importante conjunto de cantarias lavradas [séc. VII], provenientes do que se julga ser uma das maiores basílicas visigóticas existentes em território nacional.
Paralelamente, os responsáveis pelo museu, tentam complementar a colecção com peças contemporâneas, contando já com a doação dos móveis e do revestimento de azulejos da mercearia ‘A Portuguesa’, de inícios do século XX, e da pintura mural da antiga estação rodoviária, datada de 1952, bem como de diversos objectos ligados à pesca, a fim de manter a “memória colectiva de Sines”.
A localização na Capela de Misericórdia do Museu de Sines, até 2009, deve-se às obras de recuperação e adaptação do castelo da cidade para fins museológicos e instalação da Casa Vasco da Gama.
in Correio da Manhã 2007.07.17
O TESOURO DO GAIO


Num dia de Maio de 1966, Francisco da Silva Campos está na sua herdade [Herdade do Gaio, a 12,5km a sueste de Sines, a 7km do litoral, a 275m da Ribeira de Morgavel] a lavrar um terreno para fazer uma horta de milho. A certa altura, a charrua tropeça numas lajes de pedra e revela uma sepultura enrolada no saibro. A extensão do espólio dessa primeira caixa de xisto – contas de materiais preciosos, sobretudo – promete a existência de um grande tesouro enterrado no Gaio.
E é achado um bom conjunto de jóias de mulher. Em 1966 e 1967, o terreno é sondado por José Miguel da Costa, actual director do Museu Arqueológico de Sines, onde as peças se encontram.
São encontradas sepulturas vazias, o que indica que terá havido pilhagens ao longo dos séculos.
A partir das afinidades com o tesouro de Aliseda, classifica-se o conjunto do Gaio na matriz tartéssico-púnico e estabelece-se o século VII AC como datação provável.
As peças são feitas em ouro, prata, marfim e em materiais menos nobres a que é dado uma confecção "preciosa" – como o belo azul translúcido obtido no vidro do unguentário em forma de ânfora.
A impressão do luxo é dada pela quantidade das contas e pingentes e pela filigrana das arrecadas e da gargantilha de ouro, peças centrais do espólio.
O tesouro é púnico, mas a simbologia é egípcia. Nas arrecadas está figurada a deusa Hathor. No sinete de marfim, amuleto que pertencia a um anel, está gravado em relevo o escaravelho de Tutmosis III, com o olho de Horus – deus-sol, que protegia o nascimento das crianças.


in http://www.mun-sines.pt/concelho/H-ferro.htm


SOBRE O MUSEU VER TAMBÉM:

http://www.e-cultura.pt/DestaquesDisplay.aspx?ID=1282

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