A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, julho 01, 2009

Desertificação afecta um terço da Terra


* ALFREDO MAIA

Duzentos milhões de seres humanos poderão ser forçados a migrar por causa da desertificação e a degradação do solo que afectam um terço da Terra e ameaçam os meios de sobrevivência e o bem-estar de mil milhões de pessoas.

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A Organização das Nações Unidas (ONU), que assinala hoje o Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca estima o número de deslocados ambientais entre 17 milhões e 24 milhões, mas avisa que poderá chegar aos 200 milhões em 2050, se continuar o consumo excessivo de água, a desflorestação e práticas agrícolas e florestais erradas.

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Em mensagem alusiva à jornada, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, nota que quase um terço das terras cultivadas tornaram-se improdutivas nos últimos 40 anos e cerca de três quartos das pastagens naturais apresentam sintomas de desertificação.

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Em Portugal, a efeméride foi pretexto para nova querela entre especialistas. Ouvido pela agência Lusa, o investigador Eugénio Sequeira voltou a afirmar que o risco de desertificação atinge metade do país, agravando a situação caraterizada em 1994, quando afectava um terço do território.

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No entanto, o presidente do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação (PANCD), Lúcio do Rosário, disse à agência que "não existem grandes chagas de degradação", reconhecendo que as situações mais preocupantes se situam no Sul, nomeadamente na zona Castro Marim/Alcoutim e Mértola.

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Só no concelho de Mértola, por exemplo, mais de 60% dos solos estão degradados e em metade nada cresce, segundo a investigadora Maria José Roxo (reportagem JN, 28/07/08).

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Eugénio Sequeira critica a agricultura e a pecuária intensivas e a falta de investimento em floresta autóctone e acusa o Governo de ter cortado financiamentos à promoção de práticas de sementeira (de cereal) que não degradam o solo.

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Lúcio do Rosário contesta. Também citado pela agência, diz que o combate à desertificação avança e destaca as medidas nos planos regionais de ordenamento do território, como as que visam a fixação de pessoas em zonas despovoadas.

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in Jornal de Notícias -2009-06-17

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