Cuba: CIA esteve prestes a assassiná-lo
Batido de chocolate quase matou Fidel
Tentativas de assassinato de ‘El Comandante'
* Paulo Madeira com agências
A CIA esteve prestes a assassinar Fidel Castro com um batido de chocolate envenenado. No total, em quase meio século de poder foram pelo menos 634 os planos destinados a matar o veterano líder cubano, a maioria organizada ou instigada por aquela agência de espionagem norte-americana.
Pouco tempo depois de a CIA ter desclassificado mais de 700 documentos pormenorizando algumas das suas mais secretas e ilegais operações no país e no estrangeiro, um antigo chefe de espionagem de Cuba, Fábian Escalante, revelou, numa entrevista à Reuters, mais detalhes sobre as tentativas de assassinato de Fidel. Incluindo a que aconteceu numa noite de Março de 1963.
O líder cubano encontrava-se na cafetaria do emblemático Hotel Habana Libre e pediu um batido de chocolate. “Foi o momento em que a CIA esteve mais perto de o assassinar”, afirmou o general Escalante, revelando que uma pequena cápsula de botulina enviada foi escondida por um empregado no frigorífico. O veneno congelou e o suposto assassino acabou por o derramar acidentalmente. O ex-espião, na altura chefe do Departamento de Segurança de Havana, afirma, peremptório, que a cápsula de veneno foi fabricada pela CIA, num plano organizado, em 1960, com a ajuda da máfia de Chicago e o qual foi revelado na semana passada, quando foram desclassificados os documentos secretos, intitulados ‘Jóias da Família’.
Escalante garante mesmo que, durante quase meio século de reinado de Fidel Castro, foram detectadas mais de 600
in Correio da Manhã 2007.07.07
Desenho: Luc JACAMON
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