A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, julho 06, 2007



Pornomenta ou Documenta?
* António da Cunha Duarte Justo
A maior exposição de arte do mundo, „Documenta“ em Kassel (de Junho a Setembro), não só fomenta a devoção dos devotos visitantes como provoca e excita os ânimos de muitos outros com a apresentação de orgias de violência homossexuais, sodomia, e cenas de homens e animais a urinar durante o acto sexual… Este é porém apenas um capítulo da Documenta 12.
Trata-se de provocar choque cultural. A Documenta 12 quer ser política e então os artistas colocam o sexo num contexto político o que para outros não passa de pura sujidade. Talvez para o artista chileno arte seja provocar. Certo é que o sexo não deixa ninguém indiferente e portanto um meio cómodo para se fazer notar.
Há também “performances” acompanhantes da Documenta, entre elas, uma Domina com escravos. Muitas pessoas querem participar activamente nessas acções para assim se colocarem com os seus papéis e cenas no centro das atenções.
Assim a Documenta conquista público não só entre aqueles que procuram “o bem, o belo e o verdadeiro” mas também nos de outras esferas. O sexo é um bom condimento para atrair outros milhares de visitantes a Kassel. É o meio mais fácil para chamar a atenção.
Entre maluquices e génio consegue-se tornar a Documenta mais conhecida mundialmente. E isso é o que importa aos organizadores. Para mais, o que parece interessar hoje é encontrar estratégias para que se fale de si. Não importa já o que se diz, mas sim o discurso pelo discurso. O importante é que se fale de si, estar na boca de todos. O ideal do “penso logo existo” como queria Descartes, descarrilou; hoje o homem parece definir-se pelo “eu sou logo sou”.
A provocação foi sempre um meio que a arte usou e usa. Os artistas são pessoas que ultrapassam fronteiras que começam onde o cidadão normal acaba.
Eles querem pegar nas rédeas do povo e ao mesmo tempo colocar-nos um espelho de nós mesmos perante os olhos. Como o mundo já só se envergonha pelo que está para baixo da linha da cintura, esta zona torna-se interessante para quem quer estar à la page!
O medo e o sexo são os meios de que se apodera quem quer dominar!
Escandalizadores e escandalizados estão mais próximo uns dos outros do que superficialmente parece!...
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