A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, julho 06, 2007


Assassínios e massacres do imperialismo
Os povos, apesar de todos os sofrimentos, acabarão por se libertar
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* Rui Paz
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Os media acabam de revelar como em 1960 os Estados Unidos iniciaram uma série de tentativas para assassinar o dirigente da revolução cubana, Fidel Castro. Mas, se em Cuba essas tentativas falharam, a lista dos dirigentes políticos assassinados por ordem do imperialismo norte-americano é extremamente longa. Convém pois lembrar alguns desses crimes cujas vítimas são exemplos da luta da Humanidade por um mundo liberto da opressão, da exploração e da guerra. O assassínio de Martin Luther King, perpetrado por um comando da CIA, testemunhará para sempre como o então poder racista dos Estado Unidos tentou travar a luta de emancipação da população de cor norte-americana. O assassínio do dirigente social-democrata sueco, Olav Palm, que se opôs ao estacionamento dos mísseis Persching II na Europa, é a expressão do ódio visceral do imperialismo ao desarmamento e à paz. A agressão contra a Jugoslávia, o rapto do presidente Milosevic e a sua morte nas masmorras da NATO em Haia, constituem a mais clara demonstração de desprezo das potências do mundo capitalista pelos princípios do direito internacional e pela ordem jurídica mundial instaurada após a derrota do nazismo em 1945. Os assassínios de Patrício Lumumba e de Salvador Allenda por defenderem a nacionalização das riquezas naturais dos seus países, revelam a essência rapace do imperialismo e a energia criminosa que resulta da sua natureza exploradora. Os nomes de Eduardo Mondlane, Amilcar Cabral, Samora Machel e de tantos outros dirigentes africanos assassinados, relembrarão que o imperialismo tem sido o maior inimigo da independência e da libertação dos povos colonizados. O assassínio de Che-Guevara na Bolívia ou do jovem secretário-geral do Partido Comunista Sul-Africano, Chris Hani, abatido por um comando polaco ao serviço da CIA, no momento em que o regime racista sul-africano agonizava, são a prova do desespero e do pânico do imperialismo face aos ideias libertadores do comunismo.
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Mas, se é verdade que no XX era fácil ao imperialismo assassinar os dirigentes defensores dos direitos e da liberdade dos povos e instalar regimes de terror dirigidos por generais golpistas e sanguinários, não é menos verdade que, hoje, têm de ser as próprias potencias capitalistas, através dos seus exércitos a intervir directamente, a oprimir e a massacrar os povos que persistem em defender a sua soberania e os seus direitos. Diariamente do Iraque ao Afeganistão chegam-nos notícias de ataques cada vez mais crueis contra as populações civis. Se, no Iraque, a ocupação militar estrangeira transformou o Tigre e o Eufrates em verdadeiros rios de sangue, no Afeganistão, a acção criminosa das tropas da NATO passou também a matar diariamente mulheres e crianças indefesas. O que se está a desenrolar-se no Hindukuch já não é uma guerra entre tropas estrangeiras de ocupação e a resistência armada afegã, mas uma autêntico genocídio. O mais conhecido especialista alemão do Médio Oriente, Peter Scholl-Latour, (antigo director da revista Stern) afirmou recentemente num debate na TV que só no Sul do Afeganistão e na região fronteiriça do Paquistão, opõem-se à ocupação estrangeira cerca de 12 milhões de pessoas, e que, aquilo que os norte-americanos designam por «talibãs» corresponde a uma resistência muito mais vasta e impossível de ser dominada.
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A destruição há poucos dias dos ficheiros dos serviços secretos militares alemães, referentes às intervenções da Bundeswehr no estrangeiro entre 1999 e 2004, é bem reveladora do pânico e do nervosismo que se está a apoderar das principais potências da NATO. Desses ficheiros constava a presença de militares alemães do comando especial KSK, juntamente com tropas norte-americanas, em centros de tortura de prisioneiros na Jugoslávia e no Afeganistão, em operações secretas e ilegais não controláveis pelo Bundestag. Por maior que seja a mentira a energia criminosa do imperialismo, os povos, apesar de todos os sofrimentos, acabarão por se libertar e pôr fim ao pesadelo em que hoje vive a humanidade.
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in Avante, 2007.07.05

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