A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

domingo, setembro 02, 2007

Diários rendem 222 milhões

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Estudo: ‘PricewaterhouseCoopers’ faz estimativa para 2007
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* João C. Rodrigues
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Os jornais diários em Portugal deverão gerar receitas de 222 milhões de euros até ao final de 2007, o que representa uma quebra de 0,7% face a 2006, prevê a consultora PricewaterhouseCoopers no relatório ‘Global Entertainment & Media Outlook 2007 – 2001’, ontem divulgado.
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Apesar da quebra, o documento avança que as receitas da publicidade deverão crescer 0,9% anualmente até 2011, atingindo os 104 milhões de euros. Ainda assim, o valor é insuficiente para compensar a queda nas receitas da circulação paga (assinaturas e venda em banca), que, mantendo a tendência registada desde 2005, deverá decrescer dos 122 milhões de euros previstos para este ano, para os 113 milhões de euros em 2011.
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O lançamento e a expansão dos jornais gratuitos são apontados também como factores que contribuem para a erosão na circulação dos diários pagos um pouco por toda a Europa. O estudo avança dados que comprovam que em Espanha os gratuitos já constituem a maioria das unidades em circulação, enquanto na Dinamarca e em Portugal já representam mais de 30%.
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REVISTAS A CRESCER
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Em sentido contrário ao dos jornais estão as revistas. O segmento deverá gerar receitas de 375 milhões de euros em 2007, o que equivale a um crescimento de 2,6% face a 2006. O documento da PricewaterhouseCoopers estima que este mercado deverá crescer 3,2% ao ano até 2011, altura em que as receitas atingirão os 426 milhões de euros.
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Esta projecção é sustentada pelo crescimento das receitas publicitárias, que deverão subir 3,7% até 2011, atingindo os 280 milhões de euros.
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Também ao contrário dos jornais diários, o segmento das revistas verá as receitas da circulação paga subirem dos 135 milhões de euros previstos para este ano, para os 147 milhões em 2011.
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Apesar do cenário favorável, a Federação Europeia dos Editores de Revistas teme que uma nova directiva europeia, que entra em vigor em 2008, venha ‘arrefecer’ o investimento em publicidade ao proibir a publicação de informações sobre preços sem incluir os termos e as condições em que se aplica.
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SAIBA MAIS
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- 104 Milhões de euros. É o valor esperado para as receitas resultantes de publicidade dos jornais em 2011, a que corresponde um crescimento de uma taxa anual acumulada de 0,9% .
- 375 Milhões de euros. É o valor esperado para as receitas das revistas até ao final deste ano. Com o crescimento das receitas na ordem dos 3,2% ao ano, espera-se que o valor suba para os 426 milhões em 2011.
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ESTAGNAÇÃO
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O relatório estima que o mercado português deverá estagnar em 2008, para depois regressar à tendência de queda que tem vindo a manifestar desde 2005.
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ENTREGA AO DOMICÍLIO
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De acordo com a PricewaterhouseCoopers, assiste-se neste momento a um novo desenvolvimento no segmento dos diários com a introdução da entrega ao domicílio, o que poderá tornar os gratuitos ainda mais atraentes para os anunciantes.
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INTERNET
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Apesar dos diários portugueses terem edições on-line, o estudo não aborda a influência da net nos resultados das edições em papel.
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in Correio da Manhã 2007.08.
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Ver neste post o comentário complementar de João Aguiar

1 comentário:

Anónimo disse...

«O relatório estima que o mercado português deverá estagnar em 2008, para depois regressar à tendência de queda que tem vindo a manifestar desde 2005.»

Esta é uma frase-chave do artigo. Na verdade, dos chamados jornais de referência em Portugal (JN, Correio da Manhã, DN, Público, etc.) quase nenhum deles apresenta lucros significativos e palpáveis. E isso quando não apresentam anos e anos seguidos de prejuizos. Ora, pode-se perguntar porque raio é que empresários como Pinto Balsemão e Belmiro de Azevedo - auto-proclamados como exemplos de empreendedorismo e dinamismo - estouram milhões e milhões de contos em jornais sem um retorno financeiro considerável? A verdade é que o grande capital precisa desses jornais para vender as ditas "inevitabilidades" neoliberais: reduzir a massa salarial dos trabalhadores, retirar direitos sociais, fazer dos funcionários públicos bodes expiatórios para os problemas do país, legitimar a legislação laboral mais retrógrada e mais atentatória da dignidade dos trabalhadores portugueses, etc. Daí que na questão dos jornais - e, muitas vezes, até ainda mais nas estações de televisão - o controlo dos mesmos passa, sobretudo, pelo papel ideológico de legitimação das políticas beneficiárias dos interesses do grande capital e menos a questão da rentabilização financeira - apesar de também existir, ou não fossem os seus donos capitalistas.