* Almeida Cardoso
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Já começa a cheirar a mosto pelos vales e encostas vinhateiras do Douro. Aí está mais uma vindima e a Região Demarcada mais antiga do Mundo fervilha em cada socalco.
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Para as gentes do Douro, vindima não é só a colheita das uvas é, acima de tudo, um tempo de alegria e festa. Que o diga a Confraria dos Enófilos da Região do Douro, que durante este fim-de-semana promove vários eventos que marcam a abertura oficial da época.
Para as gentes do Douro, vindima não é só a colheita das uvas é, acima de tudo, um tempo de alegria e festa. Que o diga a Confraria dos Enófilos da Região do Douro, que durante este fim-de-semana promove vários eventos que marcam a abertura oficial da época.
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A entronização de novos confrades na Casa do Douro, em Peso da Régua, e a Missa da Bênção do Vinho Novo, em S. João da Pesqueira, são rituais que emergem das festividades previstas e que todos os anos se repetem.
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Quanto à produção de vinho propriamente dita, Fernando Alves, da Associação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), diz que “há menos uvas este ano, mas o vinho pode ser bom” e acrescenta: “O Douro tem uma redução de 10 a 20 por cento na colheita deste ano.” Com estas margens de percentagem, a região duriense deverá produzir cerca de 230 mil pipas, um número longe das 276 mil da colheita de 2006. Porém esta redução poderá até ser benéfica, “pois pode facilitar o escoamento dos vinhos acumulados, principalmente no sector cooperativo”.
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in Correio da Manhã 2007-09-16
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Foto - Almeida Cardoso (A Região Demarcada do Douro, com paisagens deslumbrantes sobre o rio, é a mais antiga de todo o Mundo e uma das mais conhecidasJá começa a cheirar a mosto pelos vales e encostas vinhateiras do Douro. Aí está mais uma vindima e a Região Demarcada mais antiga do Mundo fervilha em cada socalco.)
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De acordo com Fernando Alves, “as condições climatéricas têm ajudado a compor o ano vitícola”. A ocorrência de grandes ataques de míldio e o oídio (doenças da vinha), explica a redução na produção em toda a Região Demarcada do Douro.
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Para além dos vinhos tintos e brancos, também o moscatel irá sofrer uma queda acentuada na produção. Em Favaios e Alijó – duas das localidades mais fortes neste segmento – há reduções de mais de 50 por cento.As vindimas são também um dos principais cartazes turísticos da região e são normalmente aproveitadas para programas especiais, que trazem milhares de visitantes. Por exemplo, a Rota do Vinho do Porto proporciona neste período visitas às quintas do Douro, diversas provas de vinhos e a observação de pisas a pé em lagares tradicionais.Associado a esta época está também o Festival das Aldeias Vinhateiras, que começou ontem em Ucanha, Tarouca, e que se vai prolongar durante seis fins-de-semana, até 21 de Outubro. As aldeias que serão palco das mais diversas iniciativas de animação são Provesende (Sabrosa), Barcos (Tabuaço), Favaios (Alijó) e Salzedas (Tarouca).
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in Correio da Manhã 2007.09.16
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Foto -
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