Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, defendeu este domingo que o partido precisa de ser “mais forte, mais organizado e mais interventivo” para fazer oposição ao Governo e avançar “em defesa dos direitos dos trabalhadores”.
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Em Gondomar, o líder comunista reafirmou que o novo presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, “vai, com certeza, tentar alterar a forma de fazer oposição”, mas terá como problema o facto de o “PS ter ocupado o seu espaço de direita”.
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“Tendo em conta a actual situação política e social”, Jerónimo apelou aos militantes para não baixarem os braços e continuarem a lutar pelos seus direitos.“A solução para o desenvolvimento económico passa pelo desenvolvimento social”, defendeu Jerónimo, considerando que “num quadro em que todas as forças políticas parecem confrontar-se, é fundamental que o partido possa resistir para avançar”.
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O discurso do líder, num almoço com 200 militantes, foi ainda direccionado para o Governo. Para Jerónimo, “o PS, com mestria, vende pechisbeques como se fosse ouro verdadeiro”, dando a entender que o “país vai bem e que os portugueses têm que compreender os sacrifícios”.
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Dando o exemplo dos relatórios dos bancos, que apresentam “lucros escandalosos”, o comunista acusou o Executivo de estar “a servir o grande capital”. “Isto é assim na Segurança Social, no Serviço Nacional de Saúde, na Educação. Tudo é transformado numa área de negócio”, continuou.
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O país deve apostar na criação de mais postos de trabalho, com o aumento do investimento público e através da defesa dos direitos dos trabalhadores.
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in Correio da Manhã 2007.09.30
Gravura - Front page of O Comunista's edition of 13 July 1923.
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