* Rui Paz
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Os Estados Unidos anunciaram nos últimos dias de Julho que iriam fornecer à Arábia Saudita, ao Koweit e aos restantes aliados do Golfo Pérsico armas sofisticadas no valor de 40 mil milhões de dólares. Estas armas não se destinam a obrigar Israel a devolver ao povo palestiniando os territórios ocupados nem a acabar com os massacres, os assassínios, as tortura e as diárias violações dos direitos humanos praticadas por Tel Aviv. Dada a impossibilidade de derrotar a resistência dos povos árabes na região, os Estados Unidos estão a enveredar pela antigo princípio de dividir para reinar. Incapaz de resolver o dilema do caos provocado pela agressão e ocupação do Iraque e do Afeganistão, e face ao completo isolamento internacional, exceptuando Israel, para agredir o Irão e a Síria, Washington prepara-se para estimular mais uma guerra fratricida que leve os seus aliados na região, tendo à frente os regimes medievais da Arábia Saudita e do Koweit, a atacar aqueles dois estados. Bin Laden e os talibãs foram uma criação dos Estados Unidos e dos seus aliados sunitas na região, com destaque para o Paquistão e a Arábia Saudita. São exemplos da estratégia infernal do imperialismo que consiste em estimular devisões étnicas e religiosas que gerem os demónios que depois se propõe combater para pôr a ferro e fogo todo o Médio Oriente.
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Todas estas perversões têm vindo a reduzir cada vez mais o espaço de manobra do imperialismo, a desmasacará-lo diante dos povos como o maior perigo para a paz mundial e para a sobrevivência da própria Humanidade. Esta lógica incendiária, resultante da natureza exploradora e agressiva do sistema, é explicada pelo antigo presidente da República iraniana, Bani Sadr - afastado do poder em 1981 por um golpe que contou com o apoio da CIA - ao sublinhar que «a ordem mundial afirma-se e impõe-se em detrimento do crescimento das forças motrizes do mundo dominado, seja exportando essas forças para os centros dominadores, seja destruindo-as. O domínio das forças oprimidas não se pode produzir sem o recurso constante à violência. É por isso que a potência americana teve necessidade de inventar um super-homem (Bin Laden) e criar uma aliança mundial contra ele» (Le Monde/30.10.2001).
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No Médio Oriente, os regimes amigos dos EUA encontram-se numa fase de apodrecimento. Enquanto negação dos direitos nacionais, sociais e democráticos dos respectivos povos, estão sob a constante pressão das massas populares. É por isso que os Estados Unidos são obrigados a servir-se da «liberdade» como combustível para alimentar a sua máquina de guerra. Não conseguindo convencer com a «liberdade» invocam o «combate ao terrorismo», a «ameaça contra Israel» ou as «armas de destruição maciça». Tudo serve para justificar a rapina do petróleo da região e manter ou instalar regimes «amigos» que ajudem a saquear os respectivos povos.
Os Estados Unidos anunciaram nos últimos dias de Julho que iriam fornecer à Arábia Saudita, ao Koweit e aos restantes aliados do Golfo Pérsico armas sofisticadas no valor de 40 mil milhões de dólares. Estas armas não se destinam a obrigar Israel a devolver ao povo palestiniando os territórios ocupados nem a acabar com os massacres, os assassínios, as tortura e as diárias violações dos direitos humanos praticadas por Tel Aviv. Dada a impossibilidade de derrotar a resistência dos povos árabes na região, os Estados Unidos estão a enveredar pela antigo princípio de dividir para reinar. Incapaz de resolver o dilema do caos provocado pela agressão e ocupação do Iraque e do Afeganistão, e face ao completo isolamento internacional, exceptuando Israel, para agredir o Irão e a Síria, Washington prepara-se para estimular mais uma guerra fratricida que leve os seus aliados na região, tendo à frente os regimes medievais da Arábia Saudita e do Koweit, a atacar aqueles dois estados. Bin Laden e os talibãs foram uma criação dos Estados Unidos e dos seus aliados sunitas na região, com destaque para o Paquistão e a Arábia Saudita. São exemplos da estratégia infernal do imperialismo que consiste em estimular devisões étnicas e religiosas que gerem os demónios que depois se propõe combater para pôr a ferro e fogo todo o Médio Oriente.
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Todas estas perversões têm vindo a reduzir cada vez mais o espaço de manobra do imperialismo, a desmasacará-lo diante dos povos como o maior perigo para a paz mundial e para a sobrevivência da própria Humanidade. Esta lógica incendiária, resultante da natureza exploradora e agressiva do sistema, é explicada pelo antigo presidente da República iraniana, Bani Sadr - afastado do poder em 1981 por um golpe que contou com o apoio da CIA - ao sublinhar que «a ordem mundial afirma-se e impõe-se em detrimento do crescimento das forças motrizes do mundo dominado, seja exportando essas forças para os centros dominadores, seja destruindo-as. O domínio das forças oprimidas não se pode produzir sem o recurso constante à violência. É por isso que a potência americana teve necessidade de inventar um super-homem (Bin Laden) e criar uma aliança mundial contra ele» (Le Monde/30.10.2001).
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No Médio Oriente, os regimes amigos dos EUA encontram-se numa fase de apodrecimento. Enquanto negação dos direitos nacionais, sociais e democráticos dos respectivos povos, estão sob a constante pressão das massas populares. É por isso que os Estados Unidos são obrigados a servir-se da «liberdade» como combustível para alimentar a sua máquina de guerra. Não conseguindo convencer com a «liberdade» invocam o «combate ao terrorismo», a «ameaça contra Israel» ou as «armas de destruição maciça». Tudo serve para justificar a rapina do petróleo da região e manter ou instalar regimes «amigos» que ajudem a saquear os respectivos povos.
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A participação de militares portugueses na guerra do Afeganistão, entre outras missões em que participam forças militarizadas nacionais, é uma afronta aos princípios constitucionais. «Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos...» (CRP, 7°. 2). É uma vergonha que o Governo do Partido Socialista continue a servir uma estratégia incendiária e suicida.
A participação de militares portugueses na guerra do Afeganistão, entre outras missões em que participam forças militarizadas nacionais, é uma afronta aos princípios constitucionais. «Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos...» (CRP, 7°. 2). É uma vergonha que o Governo do Partido Socialista continue a servir uma estratégia incendiária e suicida.
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in Avante.2007.08.09
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