Documentário revela uma faceta pouco conhecida sobre a Guerra Colonial
- o trabalho das enfermeiras pára-quedistas
.* Miguel Ângelo Ribeiro
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Durante a Guerra do Ultramar um grupo de 46 enfermeiras portuguesas arriscaram a vida na frente de combate para providenciar auxílio aos militares feridos. A sua história, que se desenrola entre 1961 e 1974, nos teatros de guerra de Angola, Guiné e Moçambique, é relatada numa co-produção do Canal de História e da produtora portuguesa Connect, que apresenta testemunhos inéditos de mulheres que marcaram a história da Guerra Colonial. O nome da sua profissão, enfermeira pára-quedista, que é também o título do documentário, espelha as duas competências que tinham de dominar para socorrerem os militares feridos.
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Entre os testemunhos incluídos neste documentário conta-se o de Maria Ivone dos Reis, a profissional que esteve mais tempo em missão, 13 anos passados nas três ex-colónias de Angola, Guiné e Moçambique. Por seu turno, José Silva, militar ferido na Guiné, dá voz ao outro lado, o dos militares cuja vida esteve na mão das enfermeiras pára-quedistas. Atingido por um morteiro durante um ataque ao aquartelamento onde estava instalado, só se recorda de ter acordado uma vez durante o transporte até ao hospital. Viu apenas a pessoa que o socorreu, uma enfermeira que, na altura, sob o efeito de analgésicos, julgou ser o seu anjo-da-guarda. Alguns destes socorros terminaram em casamento. Foi o caso de Miguel Pessoa, piloto da Força Aérea forçado a ejectar-se de um avião abatido a baixa altitude. Foi ajudado por Giselda, que resgatou da selva o piloto com o qual acabaria por casar.
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A função de enfermeira pára-quedista foi extinta em 2002, mas desempenhou um importante papel na transformação da instituição militar, uma vez que foi um elemento crucial para abertura do ingresso de militares do sexo feminino, vedado nos tempos da Guerra do Ultramar.
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PIONEIRAS NO EXÉRCITO: TREINO INTENSO
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Para além da formação na área da saúde, estas enfermeiras invulgares receberam treino de pára-quedismo na Base Aérea de Tancos. O primeiro grupo concluiu o curso em 1961 e, a partir daí, as enfermeiras pára-quedistas concluíram centenas de missões e outras tantas viagens de avião ou helicóptero. Os veículos que as conduziam às bases de comando, para onde transportavam equipamento médico, realizavam apoio sanitário e auxiliavam no resgate e salvamento de militares feridos na frente de batalha.
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ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS Canal: Canal História Dia: Domingo, 26Hora: 22h00 Formato: Documentário.
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in Correio da Manhã 2007.08.24
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» Comentários no CM on line
Segunda-feira, 27 Agosto
Segunda-feira, 27 Agosto
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- Temassila É verdade, GRANDES MULHERES!Mais uma vez tive o prazer de conviver com elas no nosso encontro anual de MULHERES PÁRA-QUEDISTAS MILITARES. Sou 1º Sargento Pára-Quedista e é sempre com grande Orgulho que que vejo estas mulheres serem reconhecidas do seu grande valor. É de salientar que apesar da idade quase todas elas ainda hoje praticam desporto. Está-nos no sangue! Um beijo a todas ELAS. Lamas.
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Sabado, 25 Agosto
Sabado, 25 Agosto
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- LD Estas pioneiras NÃO eram do Exército. ERAM da FORÇA AÉREA!(Quinta do Conde)
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