A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

domingo, setembro 09, 2007

Desertificação - Nações Unidas querem travar

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* Sérgio Vieira
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Os desertos cobrem hoje um terço da superfície terrestre, afectando sobretudo os países mais pobres, mas também Portugal. Representantes de 191 países estão em Madrid a discutir medidas para travar o avanço da areia.
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O processo de degradação progressiva dos solos tem o fatídico nome de desertificação. Um risco que ameaça um terço da superfície terrestre, pelo que a desertificação total já não é uma imagem de ficção científica mas sim um perigo com consequências imprevisíveis.
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Durante duas semanas Madrid serve de palco à luta contra a perda de solo fértil: na 8.ª Conferência de Partes da Convenção das Nações Unidas para a Luta Contra a Desertificação 191 países procuram acordos para minimizar uma ‘lepra terrestre’ que alastra a um ritmo impressionante, pois o deserto avança 12 hectares a cada minuto, ou seja, 60 mil quilómetros quadrados anuais. O problema afecta já 30 por cento da superfície terrestre e mais de mil milhões de pessoas, um quinto da população mundial. A esse ritmo, um país como a Suíça converter-se-ia em areal em menos de um ano. Os recursos naturais estão esgotados em muitas regiões. A pressão demográfica, que aumenta a exploração excessiva da terra arável e acarreta a destruição da capa vegetal, e os efeitos negativos do pastoreio extensivo são as causas principais da desertificação acelerada, cujo efeito a médio prazo é comparável ao de um holocausto nuclear.
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A acção humana provocou, desde a II Guerra Mundial, a desertificação de tanto solo cultivável quanto a China e a Índia juntas. Uma realidade assustadora, pelo que 191 países tentam agora encontrar um plano de acção para a próxima década.
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A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) assinala que em África 73% dos terrenos agrícolas estão afectados pela desertificação. Mas a Europa não pode deixar de se sentir ameaçada, especialmente na área mediterrânica. É aqui que se regista a mais elevada taxa de desflorestação do Mundo. A destruição das florestas tem consequências de grande alcance. As árvores absorvem dióxido de carbono e outros gases e exalam oxigénio necessário à vida. Calcula-se que 12 abetos produzam oxigénio diário necessário a um homem, enquanto uma faia centenária pode purificar anualmente o ar de 800 casas.
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A inversão da actual tendência passa pelo reforço do papel que a floresta desempenhará no desenvolvimento rural, quer no quadro das actividades florestais, agroflorestais ou agro-silvopastoris quer na recuperação dos terrenos degradados ou em degradação.
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REGIÕES MAIS AFECTADAS
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A África Subsaariana e a Ásia Central são as regiões mais vulneráveis à desertificação, mas o problema atinge todos os continentes. Os prejuízos resultantes estão estimados em 55 mil milhões de euros, segundo um estudo das Nações Unidas.
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PENÍNSULA EM PERIGO
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Entre 30 a 35 por cento da superfície ibérica está desertificada. No que diz respeito a Espanha, as Nações Unidas estimam que seis por cento dos solos estejam degradados de forma irreversível, sendo mais afectadas as Canárias.
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DISCUSSÃO
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Centenas de países discutem em Madrid, até sexta-feira, ideias para contrariar uma realidade cada vez mais assustadora. O holandês Yvo de Boer, especializado há uma década em questões ligadas às alterações climáticas, é um dos quadros das Nações Unidas envolvidos nessa luta.
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PORTUGAL SEM ÁGUA DENTRO DE UMA DÉCADA
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Portugal é um dos três países europeus mais desertificados (os piores são a Itália e a Turquia), com 36% do território afectado e mais de metade do País a correr o risco de se tornar em solo árido se nada for feito para inverter a situação. As más práticas agrícolas, agravadas por incêndios e secas, levam investigadores a prever que dentro de dez a 15 anos Portugal e os outros países mediterrânicos terão graves problemas de falta de água potável.
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Desde 1999 existe um Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação que defende que “a mais ampla expressão da problemática causa/efeito na desertificação é o despovoamento”: os problemas socioeconómicos, que afastam as pessoas do interior para as cidades do litoral, deixam a terra indefesa perante incêndios que provocam forte erosão nos solos.
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ALENTEJO
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O Mediterrâneo Norte, onde se incluem o Alentejo e o Algarve, é em grande parte uma região semiárida. As florestas cobrem cinco por cento da superfície.
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In Correio da Manhã 2007.09.08
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08-09-2007 - 00:00:00 Ameaças de deserto
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» Comentários no CM on line
Sabado, 8 Setembro
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- Paulo A desertificação em Portugal não existe; existem sim são áreas protegidas por PDM`s elaborados por pessoas que nunca sairam das cidades e não conhecem a realidade do campo.
- Paulo Tanto se fala de desertificação parece-me a mim que está tudo louco perder tempo com isso pelo menos aqui em Portugal pois tentem construir fora das cidades ou mesmo recuperar ruinas fora das cidades e vão ver o cabo dos trabalhos
- Francisco Tantos estudos, tanta sapiência. D. Dinis percebeu e resolveu sem Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação o que estes intelectuais ainda não compreenderam e nessa altura a densidade populacional nos campos era mais baixa. Nem precisou de ir lá fora a cavalo ou de carruagem que gastaria e poluia menos. Levanta-te D. Dinis, se não vamos ficar assoreados. Montreal

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