A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

terça-feira, julho 03, 2007


Dia a dia
O sinistro poder

* Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto


Podia ser só a maldição das maiorias absolutas que trazem sempre os tiques de arrogância e do autoritarismo. Podia ser só isso, com pequenas e médias manifestações de imbecilidade aqui e acolá. Mas não, não é só isso!~

Depois do caso Charrua, primeiro monumento à bufaria pidesca, veio o caso do cartaz no centro de saúde, um verdadeiro hino à estupidez e à falta de sentido de humor. Agora, preparem-se, uma senhora da sub-região de Saúde de Castelo Branco quer abrir a correspondência dirigida a “determinados funcionários” oriunda de “certos serviços ou outros”.

Isto já está para lá do pequeno ódio, do pequeno excesso de zelo. Isto chama-se o sinistro poder da coacção, da perseguição, do terror, da manipulação burocrática de regras criadas ‘ad hoc’ em razão de “determinadas pessoas’, tal e qual a linguagem da PIDE e dos mangas de alpaca que mandavam em alguma coisa no tempo do Estado Novo.

Se o Governo não tem nada a ver com este tipo de orientações genéricas tem de ser muito rápido a demarcar-se. No entanto, como temos visto, na área da Saúde e da Educação as coisas são mais complicadas. Não só não existe demarcação do clima de delação criado como, habitualmente, o fogo é regado com gasolina. Resta saber a que nível vão as chamas criadas por este sinistro poder de queimar.

in Correio da Manhã 2007-07-02

"The Informer" (1935 - 92m)

SINOPSE

4 ÓSCARES. MELHOR ACTOR. MELHOR REALIZADOR. MELHOR ARGUMENTO. MELHOR BANDA SONORA

Em poucas obras se terá descrito de forma tão sublime a tortura insuportável de uma consciência culpada de um acto de traição. Nesta excelente realização de John Ford, através de sombras, planos de realização magníficos e subentendidos psicológicos, o espectador é, ele mesmo, arrastado para o drama dilacerante de um homem que vendeu o seu amigo por dinheiro, numa fase particularmente complicada das hostilidades entre a Inglaterra e a Irlanda do Norte. Infelizmente, o tema permanece actual por vários motivos.

Interpretação: Victor McLaglen, Heather Angel, Preston Foster, Margot Grahame, Wallace Ford, Una O'Connor, J.M. Kerrigan, Joe Sawyer, Neil Fitzgerald, Donald Meek, D'Arcy Corrigan, Leo McCabe, Steve Pendleton, Francis Ford, May Boley, Grizelda Harvey, Denis O'Dea.

Realização: John Ford

Argumentação: Dudley Nichols, Garrett Fort segundo um romance de Liam O'Flaherty

Produção: John Ford

Fotografia: Joseph H. August

Música: Max Steiner

Tradutor: Storyline Audivisuais Lda

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